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Mostrando postagens de abril, 2018

Gravidade Vertical

Essas luzes no escuro não são a esperança São apenas efeitos de minhas escolhas Passageiro de indecisões, papeis e plantas De sensoe incenso que explode bolhas O vazio torna-se sentido no brilho de feixes finos Que desenham um pouco da poeira existente O vácuo e a lacuna passam pela porta sem destino É o que não mais existe, se fazendo presente Deixo a onda levar como se fosse a oferenda Deixo o perfume subir em melodias Deixo o vento me abraçar de uma forma lenta Deixo o que não é meu, em fantasias Poesias que não escrevi Poemas que me esqueci Era o vagar que cambaleava A relatividade, a gravidade em um muro sem relevo Era uma ofensa que trovejava A continuidade na finalidade, na vontade do sedento Um corredor sem fim, o limbo sem apoio Eramos nós Toda margem, toda borda e todo contorno Eramos sós A parede era um apoio àqueles que já estavam caídos E as palavras, eram ataduras vencidas aos mais feridos

Tenho acordado em suaves prestações nesses últimos dias

Um mergulho profundo no escuro, sussurros Silencio que ecoa no poço a qual eu me curo E de todas as vezes em que pensei em sumir O que me levava daqui, era já não estar aqui Percebi que nem todos querem ver além daquilo que os cegam A cada loucura, mil centelhas, fagulhas que nos cercam E normalmente, a minha intenção não é a de ser compreendido Partes saem, partes ficam e em mim, sinto-me dividido O café vencido da tarde, a garoa fina que vem pós tempestade E o cheiro de um incenso que me invade junto à saudade Eu tenho acordado cansado nesse outono com cara de inverno Chorei quando mais precisava ter sono em litígio interno A vontade não é de extinguir, Mas extremamente de existir, me corrigir Em uma vontade de submergir E intimamente me desconstruir, explodir Você já parou hoje para se perguntar qual das coisas que perdeu que mais te fazem falta? Eu tenho acordado em suaves prestações nesses últimos dias, em que nada está em pauta

Conde

Tem gente que prefere um amor para se ferir Do que estar só E tem gente que prefere pensar apenas em si Do que ter um nós E quem somos nós pra dizer o que é bom Se o arbítrio é a maldição dada como dom? Eu demorei muito para poder entender tudo isso Que não preferimos a solidão Mas as vezes ter foco maior e fazer compromisso É a prioridade em suas mãos