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Se pudéssemos dizer tudo o que sentimos...

Parece confuso dizer que no escuro
Tudo fica mais claro
E se o bonito é cliché, torna-se nulo
Ao peito e ao disparo

Somos infames em meio a milhões
Mas os que nos conhecem, o que eles sabem de nós?
Somos protestantes em meio a sermões
Mas faríamos tudo igual se pudessem ouvir nossa voz?

Se pudéssemos dizer tudo o que sentimos...
Sairia desordenado, complexo ou riríamos?

Nós só saberíamos se falássemos
Mas é que o silencio muitas vezes toma conta
Supera a vontade e a nós mesmos
Dá um nó na garganta em formato de afronta

E com o tempo nós fortalecemos o nosso escudo
Deixamos a armadura impenetrável para lanças e serras
Nos protegemos ainda mais, indo pra trás do muro
Mas seríamos mais livres, se tudo não fosse uma guerra

Se pudéssemos dizer tudo o que sentimos...
Sairia desordenado, complexo ou riríamos?

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Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!