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Enforcados

Me sinto cheio ao lado do vazio
É muito peso e eu necessito descansar os meus ombros
Mas me sinto inteiro ao sombrio
Sei que preciso livrar-me de meus monstros, escombros

Os meus fantasmas, eu já expulsei
Mas quando a mala ficou cheia, foi preciso livrar-me das tralhas
E muitas coisas ao lixo, eu joguei
Mas nunca imaginei que seriam tantas coisas a não me fazer falta

Estou sempre renovando minha bagagem
Afinal, é longa essa jornada e essa viagem

O único presente que eu sinto que seja real
É o conhecimento
Mas até isso o tempo pede de volta no final
E ao firmamento...

Ninguém aqui é algo eterno
Então muitos se enforcam com o passar dos anos
Tomam seu próprio veneno
Que sai da própria saliva, em suas cordas de planos

E administrar o tempo me parece algo tão vago
Pois é como se eu jogasse várias vezes os dados

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Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!