Dentre vastas frases em vão Uma me chamou atenção Veio como um convicto não Ou cheio de moral e lição Disse-me Os lírios não são assim tão bonitos E os campos não são tão verdes Aquele que sente, é mero distraído É o ilusionista da própria mente Estava equivocado Não foi de veras, traído Sentia-se enforcado Do mundo, um excluído Nós vemos só o que queremos ver E de tanto ver, esquecemos das visões do outro O que enfraquece poderá fortalecer E vice-versa, vide versos, somos todos monstros Anjos, Demônios... Nós somos heróis e vilões E às vezes, os singelos figurões a observar Somos silêncios e sermões Consciente inconsciências a desconcentrar Pois também somos horizontes intocáveis Assim, como nós também temos nossas paixões platônicas Podemos ser compreensão ou indecifráveis Dissonantes, ressoantes e cheios de assimetrias harmônicas Estamos sempre aprendendo ou ensinando Ou estamos nos arrependendo e a(r)mando
Toda leitura, toda releitura Toda compreensão, percepção e assimilação Preces de que tenhas uma boa interpretação