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Palingenesis

Estamos tão distantes de nós
E os olhares distantes nos fazem lembrar
Do brilho, das cores em trovas
De um sorriso tão religioso a se parabolar

Nosso Universo gira em torno de saudades
Daquilo que ainda não tivemos
Nossos castelos desmoronam nas vontades
Em tudo aquilo que queremos

Somos a história do que não aconteceu, mas sobreviveu
Fantasiamos momentos de paz
E guerreamos onde o destino nos deixou e nos esqueceu
Fantasiamos momentos demais

Toda distancia é mental
Nem todo encontro é acidental
Toda crença é elemental
Nem toda história é descomunal

Mas são todas por si só, especiais
E as nossas por si só são espaciais

Será que toda poesia que nasce tem o seu próprio signo?
E que o karma é de fato purgatório em vida, retorno?
Será que todo acerto e tropeço tem haver com o destino?
Porém, ainda peço que adeus nos traga algo de novo!

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Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!