Mesmo cansado das palavras Não fiz meu voto de silencio Mesmo cansado das amarras Não desfiz os nós por dentro O que eu queria, era dar um tempo Fazer um intervalo e ter hiatos Para que eu pudesse sentir o vento Ser sensato, acalmar o imediato Deixei algumas das poesias de lado Deixei de imaginar e me tornei Deixei algumas fantasias no quarto Deixei as composições e recitei Se tudo virasse canção Não precisaríamos ter as memorias Se tudo tivesse atenção Não contaríamos as piores histórias Nós damos risadas do que já nos entristeceu E choramos de saudade do que foi bom Contamos piadas daquilo que nos enfureceu E brigamos com quem rouba o edredom Sobram perfumes no moletom, peso na consciência e fotos antigas Sobram vontades de não deixar que bobeiras se tornassem intrigas
Toda leitura, toda releitura Toda compreensão, percepção e assimilação Preces de que tenhas uma boa interpretação