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Mostrando postagens de julho, 2016

Mavórcio

Ou tu age ou nada E ainda que haja nada Só você faz a sua jornada É o soldado que marcha em suas batalhas Mesmo que dentro de conselhos Eu veja espelhos nos olhos vermelhos Recomendações que ao fedelho Parecem de quem está a meter o bedelho Seria mais fácil aprender com os erros do mané Mas somos como Tomé dentro de nossa fé Temos que ver como tudo realmente é Queimar a língua no café ou ir contra a maré Ou tu age ou nada E ainda que haja nada Só você faz a sua jornada É o cavaleiro que marcha em sua cruzada

Camillo Armorier

A mesma de ontem Vestida de pouca luz pra hoje Iluminando só o necessário de outra noite Traz concelhos horizontais Dos incontáveis seres gigantes Sendo grãos de areias errantes e gritantes Diz em voz de sussurro Vento do Norte, perfume de calma Que arrepia a alma e abre as minhas asas De repente, involuntário É apenas um salto solitário, destinatário Da cachoeira, cenário, santuário, mas o meu sacrário E aqui, o meu sepulcro Sem mais, sem futuro ou tumultuo Mas sem paz e sem múrmuros, só o meu tumulo Os maços de cigarros Ficaram no banco de traz do carro Na esquina de um bar, à que não mais me agarro As provações São provocações do Universo Ao homem honesto, silenciado e incerto De onde estou a sufocar O arrependimento não pode matar Apenas maltratar um lugar que desejei chamar de lar

Colinas e Neblinas

Às vezes queremos dias rápidos E esquecemos o medo da morte À vezes queremos olhares raros E nem vemos que temos a sorte Falamos de viver dias intensos De termos e amores imensos Falamos de extenso, de sensos Quem sou, à quem pertenço? O louco confunde o sábio Porque o sábio, não sabe nada O gosto confunde o lábio Porque o lábio, não era de fada E o seu Deus é o mesmo Mas ao mesmo tempo, ele é tão diferente do meu Universos de propensos Constelações, contemplações, o Signo, a Lua, Eu Noite de mil perguntas Zero absoluto de respostas Noite de estradas, ruas Sem ter chão, só encostas Colinas e Neblinas Desce a Serra Se inclina, cristalina Água da Terra

Arnaldo

A fusão dos seres A junção dos prazeres A função dos treze Alucinação e quereres Confundindo a si mesmo Consumido de pensamentos Conduzindo o firmamento Constituído de fundamentos Influências diárias Indolências primárias Inocências, piadas Inconsequência citada A fé e a crença das crianças O homem da mente fraca Teorias francas de alavancas Onde a evolução em paca Levaram seu Deus, seu Papai Noel Levaram seu amigo ou seu cão fiel Ficou esse adulto gélido De um futuro pretérito Ficou um insulto honesto No fruto de um gesto E o silencio que tanto queria, paria O momento que tanto pedia, passa...

Apenas, Só...

Esse sentimento Que temos pelos outros É o que nos faz seguir Mais forte que o sentimento Que temos por nós mesmos Esse sentimento Que temos pelos sonhos É o que nos faz reagir Ao relento, frio, sol e vento Mesmo acordando mais cedo Às vezes tenho uma pré disposição Para ficar indisposto Em uma leve decisão e uma reação De lavar o meu rosto O que eu estou fazendo acordado? O que foi todo esse tempo parado? E dividindo o que foi levado ou separado Sem o mesmo valor Multiplico o que foi lembrado, sussurrado Sem o mesmo sabor Agora, melhor ou pior Só eu sei, apensa, só...