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Mostrando postagens de abril, 2016

Marvin

Podemos cuspir, latir Chorar, sorrir Nos machucar ou ferir Podemos levantar, reagir Sufocar, sucumbir Dizer o não ou dizer sim Ressuscitar todos os dias Ressurgir em meio a agonia Recitar belas poesias com ironia Sacralizar pódios Sacramentar ódios Ou saciar o próprio ócio Somos o repudio que temos Pelos outros em nós mesmos Somos o que não dizemos em nossos pensamentos Mas perder um pedaço de nós no outro É o que nos faz ser menos ogro Extravasando sentimentos tão tolos Que o óbvio seria o silencio Mas gritamos para os ecos, para os ventos E socamos as paredes de nossos segredos A morte levou parentes e amigos Em momentos que não eram de fato, de perigo Um castigo mendigo e eu disse e digo - Consigo Mas perdi o artigo E são tantos argumentos antigos Que ainda sigo revisando joios e trigos Mudei alguns pensamentos ateus Não quero ser melhor que os outros ou Deus Quero apenas ser melhor que... Eu

Sintaxe em paz

Citando algumas poesias demagogas Palavras erradas na forca Em manipulações teóricas ou loucas Narrada por tua voz roca Era canção folclorica De minha universidade-nação euforica Era a citação heroica Guardada no peito em máxima retorica Expressam-se os bons tempos, são saudades Gotas de orvalho, pós tempestades E interessa-te a não verdade em adversidades Fica se questionando das lealdades E quem aparece essas horas é a solidão Que vem, chega, te estende as mãos E do que não se esquece, é uma canção Que faz do seu Universo, imensidão Sintaxe em paz

Baldo

Há quem acreditar, Ou simplesmente creditar fé? Retroceder, reciclar, Remar contra o que a mar é? Há quem não se enxerga imperfeito E que vai te apontar o dedo Pois quando não se revela o acerto, É mais fácil relevar o erro De fato, Sabe quem realmente está ao seu lado Há dados, Não os jogados na mesa dos azarados Pelo puro esporte de participar, É? Mas que nada Pelo muro forte a se concretizar, Fardas, não fadas Pelo sussurro seco sem gritar Um nó que se entala E pelo murro forte a se deixar A farpa que se instala O amor e o ódio estão sempre lado à lado O difícil é saber, por quem será dominado

Estrella

Além do dom, há uma dedicação e a educação dos movimentos Além do som, vem a criação da canção e a imaginação vinda com fermento No forno ganha forma, cheia de ingredientes, sem normas Uma dose de cachaça da roça Um copo de cerveja, vinho ou meia xícara de chá Observando pelas janelas ou d'algum bar Paixões platônicas, reflexões irônicas aos violões e suas sinfônicas Músicas de nossos fones Alimentadas por microfones Fazendo nossas tempestades e ciclones Ela dança na rua, parece maluca Não pro sol, não pra lua

Ser Tão, Brasil

Digerindo uma criação Meu Deus interior, musico, escritor Ventre de minha unção  Só eu sei o sabor e o seu real valor Ímpeto consequência Finito de paciência  De pouca experiência  Cheio de essência  Minha criança saúda os convictos Dizendo que fé não é tradição Minha esperança saúda os invictos  Ouvindo que fé não é traição A beleza anda vazia Nas passarelas, nos cantos, triste poesia Ao olhar, é anorexia Ao respirar, sem alma, só uma pele fria Violentas placentas de sarjeta Sargentos, nojentos à essa hora  Releitura que relenta à beira Mar de sangue, largam as botas O Senhor, dormiu na praça, pensando nela Na paz que nunca encontrou em sua favela