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Saulo

Era mais fácil escrever canções de amor
Que vendessem sambas ao sofredor
Era mais fácil contar com o que sonhou
É, mas se levantar, foi o que sobrou

Homem das 13 e homem das 22 aparições
Aos jovens burgueses dessa decepção
Somem às vezes, seus golpes, suas ilusões
Aos jovens camponeses em concepção

Um toldo que não os protegia da chuva
Um todo vazio, nos clichês das ruas
Um soco na cara, sem colocar sua luva
Um tolo na grama e um céu sem lua

Mas munido dos sonhos
E ambições, talvez
Nos sorrisos, compondo
E paixões, talvez

Deixando suas batidas e sua voz
Algumas horas no bar
Trazendo sua despedida sem voz
Algumas horas no lar

E se perguntava
Sobre o seu karma
E se perguntava
Sobre o seu dharma

Foi aí então, que esse tal Saulo
Mesmo em uma noite confusa
Não mudou seu nome pra Paulo
Pois sua religião era a música

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O Verbo

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Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!