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Mostrando postagens de março, 2016

Esmorecido

Aos trancos e barrancos Estancos e espancos Aos mancos e tamancos Por tantos e francos Todo alicerce ou alavanco Malabares e saltimbancos Lápis nas mãos Rascunhos, marcas e borrachas Arte em oração Eis que surge um anjo sem asas O artesão perdeu seu ar, seu tesão Virou tensão, onde tu tens ou não Volta a respiração Preces à orientação Solta a inspiração Perde a imaginação Observa a vida real e então recria Frustrado Rabisca as suas teorias e poesias Prostrado

Chanceler

Deuses das encruzilhadas Mortes e sonhos Entre caminhos e paradas Sarjetas e tronos Enquanto pensa na melhor opção Sabe que algo será deixado Enquanto se perde em sua oração Olha pro céu, olha pra baixo O que deseja, está além das nuvens Mas o seu real destino é tornar-se raiz Questiona-se sobre heranças e bens Teme a hora de seu purgatório ao Juiz E quantas almas salvou rapaz? Salvou a sua ou viveu em paz?

Velhos Abraços

Estou bem e tão zen Eu só agradeço por poder estar E eu estou bem além Estufo o peito por poder cantar Contemplar o complexo De se completar Concentrar com o tentar Ao se contentar O céu traz o som dos pássaros Horizontal o mar, traz o som das ondas Abraços apertados são tão raros Mato a saudade em cronômetro-sondas Vamos dividir felicidades Ao abraçar E suprir nossas saudades Ao libertar Só depois de um longo minuto Que vem à tona, memórias, histórias, insultos Assim, vários relatos, prelúdios Todo lugar é escola e todo momento é estudo E logo, logo vai chegar a hora de partir E de novo, ainda assim é hora de sorrir

Servos e Severos, Quem

De chuva em chuva Veio o sono e o abandono O que dei ao mundo Sem ser dono ou patrono De vários castelos Fui réu em meu trono Perdido no tempo Entre Zeus e Cronos Salários e abonos De quilombos e colonos Meses de Outono Uniformes e quimonos O resto do ano, se faz contorno Entre o que é interno e entorno

Saulo

Era mais fácil escrever canções de amor Que vendessem sambas ao sofredor Era mais fácil contar com o que sonhou É, mas se levantar, foi o que sobrou Homem das 13 e homem das 22 aparições Aos jovens burgueses dessa decepção Somem às vezes, seus golpes, suas ilusões Aos jovens camponeses em concepção Um toldo que não os protegia da chuva Um todo vazio, nos clichês das ruas Um soco na cara, sem colocar sua luva Um tolo na grama e um céu sem lua Mas munido dos sonhos E ambições, talvez Nos sorrisos, compondo E paixões, talvez Deixando suas batidas e sua voz Algumas horas no bar Trazendo sua despedida sem voz Algumas horas no lar E se perguntava Sobre o seu karma E se perguntava Sobre o seu dharma Foi aí então, que esse tal Saulo Mesmo em uma noite confusa Não mudou seu nome pra Paulo Pois sua religião era a música

Castelos e destinos

Castelos e destinos, desenhos do menino O olhar cristalino pras novidades que vão vindo Tudo é muito lindo, tudo é tão divino E os seus sonhos, ele vai construindo É novo esse caminho, é novo o raciocínio Grande, o pequenino que já foi ferido Não perde os seus sentidos, fortalece com amigos E faz um novo Hino E faz um no indo Dos meus sonhos, eu não vou desistir De tudo que eu fiz pra chegar aqui Castelos e destinos, atalhos e espinhos Onde vê esse sorriso, muitas lágrimas caíram Nem tudo era tão lindo, nem sempre foi bonito Foram vários labirintos, mas ainda acredito E a um tempo no caminho, juntando e dividindo Multiplicando e não sozinho Entre joios e trigos, fortaleço com amigos E faço um novo Hino E faço um novo indo Dos meus sonhos, eu não vou desistir De tudo que eu fiz pra chegar aqui