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Rudimentar

Não sou tão de ferro quanto pensei
Mas continuo a forjar-me em brasas todo dia
Enquanto o corpo está a fortalecer
Ganho o equilíbrio para a lâmina que se afia

Não sou tão de rocha quanto pensei
Tenho que me unir do alicerce ao topo
Ser muro seguro pra poder proteger
Os que abrigo e fazer parte de um todo

Não sou tão correnteza quanto pensei
As águas que tenho precisam de uma direção
Um norte para ser forte e poder vencer
Com o brilho e a clareza como a fé e a oração

Não sou tão incêndio quanto pensei
A chama que queima em mim devasta pouco
Precisa do vento que ainda busco ter
Terra, raiz, luz, elementos para entrar no jogo

Sou de pele, sangue, alma e espírito
Mas sou de guerra, apesar de buscar pela paz
Sou de crenças em espera pelo rito
Da confiança que a passagem seja algo a mais

Sonho e por isso batalho por conquistas
Em prólogos de quedas e esperanças
Sofro e suporto, mas eu continuo otimista
Capítulos de tempestades e bonanças

E se vitória vier só no final, estarei lá...

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Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!