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Mostrando postagens de setembro, 2015

Quadros Saudosos

Nostalgia é uma saudade saudável Inevitável e inegável Rumores, amores ao que é mutável É versátil, é variável Um passado que parece tão presente Fotos da infância Embrulhados nas caixinhas da mente Álbuns, alianças Nossa mente prega uma peça na alma E percebe-se no brilho de uma lágrima

Camaleão

Estamos amadurecendo Não só de armadura, sendo De modo lento ao vento Vendo, vivendo, crescendo E estamos em partes, partindo Às vezes só, mas sorrindo Sentindo aroma de vinho tinto Degustar, extasiar labirintos Distintos ao velejar, deixar guiar Destinos ao vento, um desnortear Não sabemos muito sobre as consequências Mas temos uma consciência O que deixamos ou fazemos com frequência O que temos de convivência As escolhas e os caminhos são apenas nossos Em votos com a paz Independente dos conselhos, sei do que posso E do que sou capaz Distintos ao velejar, deixar guiar Destinos ao vento, um desnortear (...) Mas eu sei onde Eu quero chegar!

Angra

O Tempo virou A ampulheta e a bússola O Tempo deixou Algum adeus, algum olá Então veio a chuva, veio o vento Veio veloz e violento E em algum momento ficou lento Limpou o dia cinzento Antes sedento, agora remansoso Antes curioso e agora, cauteloso Cheiro bom de terra molhada Não quer mais nada Som de correnteza e enseada O suspiro da revoada Dá pra dormir muitas horas mais

Último Vagão

As pessoas, não só mudam Elas também se moldam Em seus sonhos se seguram E as folhas, elas podam Seus galhos, elas apresentam Suas raízes, elas fincam E tempestades que enfrentam São bonanças que ficam As cores se vão, mas sempre voltam E a saúde do nosso corpo, é Elemental As dores não são em vão, eles notam É também preciso que seja ela, mental Para que seu foco, força e fé vençam E que seus sonhos e crenças cresçam Das nuvens, fazemos imagens Dos horizontes, paisagens De qualquer destino, viagens E das histórias, bagagens A vida é só um rito de passagem Contos de fadas ou selvagens É onde adrenalinas são coragens E toda abordagem, mensagem No último Vagão entram e saem olhares vazios Raros, são os que te sugam e de repente, partiu

Lado B

Ato contento ao contente Ao vento que vem ao invento Em todo por cento, sente E de todo lamento, não mente Entre aquele que perde e o que achou Sacrifício é o sacro ofício Você só entrega aquilo que embrulhou Em raciocínios e vestígios Benefícios da dor Calos nas mãos por erguer os seus muros Só entende o valor Quando paga o preço de um sonho futuro Torna-se mais maduro Após a alguns apuros Torna-se mais maduro Após sentir-se seguro Suas quedas, poucos são os que veem É, mas quando se levanta, muitos vêm!

Embarque

Quase compreensível como a junção de escalas Quase pintura abstrata de um pôr do sol Quase feito de poesias bonitas pras horas vagas Quase um destino esclarecedor ou farol O silêncio mental ao jogar um anzol Vai de sétima menor à bemol Fala de álcool, formol e até girassol Canta em inglês ou espanhol Mas não sai do quase, não sai de praças ou bares E não para de falar que todos os lugares são lares Faz do amor, clichê Do vinho, gourmet Do bairro, sua turnê Das festas, matinê Os amigos se vão junto ao tempo Nossa vida passa e os caminhos seguem direções opostas Se encontra em dias de lamentos Inerte em acomodações, acredita que Deus trará respostas Acredite, que se ele tiver que te responder já será tarde Então tire seus sonhos do travesseiro e não seja covarde

Douros de Ipê

O nosso renascimento se faz diário E a ressurreição algo que vai além da queda O peito pulsa em sentido operário Em alguns instantes, horário, lados da moeda Os efeitos são destinos, nada concluído Os defeitos são meninos, de asas no umbigo Cada um com seu anjo interior perecível Casas como castelos, sentinelas sem sentido O norte muitas vezes aponta para uma escolha avessa De quem até atravessa, mas se dispersa em conversas Cabeças nas nuvens Os seus pés não tão firmes no chão Meninos ou homens Todos cheios em alguma indecisão E a grande lição de vida nem existe Todo o ponto respirado é uma Todos podem ser anjos ou demônios Mas a escolha só pode ser uma Resplandeça e cresça com essa semente da escolha E que toda folha, alguém colha e não apenas recolha

Bom Dia

Amor pra se armar A adoçar e não a amordaçar Amor pra não cessar Acrescentar e não se sentar Fazer-se morada De um outro lar Fazer-se camada Camas a deitar Deleitar de seu dividir ao multiplicar E acolher-se em colheitas, pluralizar Sambas de bom dia Cavacos de poesia e simpatia Deixa de lado teorias Encontra a sua nova filosofia De vida Que nós só vivemos de teimosos Olhares Bocejos em sorrisos preguiçosos

Baile no Centro-Oeste

Enquanto apaga Não se propaga Entre faces e máscaras Fatos e farsas Um silencio se arrasta Enquanto não há um basta Bipolaridade em casta Seu mundo, sua floresta devasta Suas cidades crescendo Suas cores perecendo Seus grafites se perdendo Suas Luas nascendo Quais sãos as estrelas Que sua população observa e venera?

(Inter)Ruptura

Ações paradas Frações preparadas É uma jornada À algumas jogadas A mente cria O corpo compõe Fazendo de poesias Nossas canções O olhar vigia Todas as audições Teremos várias teorias Sobre as visões Em futuros e passados Apáticos e interessados Impuros e abençoados Sabáticos e estressados O silencio da Lua não diz muito Mas nos faz sentir o que é intuito

Nono Passo

Em contato com a sua limpeza Refrescando os poros Respiração da alma em leveza A pureza de seu lótus Em meio ao infértil Chega e nasce Em meio à mascaras Mostra a face E sobre a verdade que liberta Nós esperamos portas abertas Mas e o contato Quem faz? O tempo-espaço Tem paz? Tem o passe para essa viagem Então vá, pegue suas bagagens

Dos Oito

As mãos vão do pescoço ao ombro Massageando à esquecer do assombro A cabeça se repete em inclinações laterais Os olhares vão dos alicerces aos escombros Se distrai, sem norte, leva um tombo Os invisíveis também são reais Estão lá os piores cegos Fingindo não ver Alimentando seus egos Sem nada a crescer Ou a acrescentar com suas opiniões Universos sem estrelas Vias de mão dupla sem constelações Do bolo, são a cereja E eu tô nem aí... Sempre roubo brigadeiros

Desalento

Solta o sinto Desprende Aprende  Não se reprende Não se arrepende À solta, sucinto De repente É ausente Não exatamente Não diretamente Sem cachos ou riachos Agora a floresta é pântano e lodo É um vazio cabisbaixo Silencio de quem sorriu o dia todo Pra fora...

Sonora

Saindo do foco Observando rostos e várias flor de lótus Nem me choco Não mais, em cada bloco do que reboco As frases, até troco Vejo paredes, que não mais soco, sufoco Meditação em votos Sem ter controle e remoto aos terremotos Na mente Me faço de poesia em semente, broto Me regam Mas só os que me carregam, devotos Então, o verbo se fez carne e habitou entre nós Mas eram só laços de cadarços e ficaram a sós E pode até parecer um pouco confuso Mas abra os seus olhos e veja Entre aquele que é intruso ou excluso Há cervejas, bandejas e igrejas Quem decide o seu rumo e quem é o juiz Ao que colhe ou se recolhe O que deixa o seu dia mais triste ou feliz É apenas você que escolhe Por hora boceja, mas, que assim seja...

Avôs

Não ganhe e nem perca Com antecipação Mas que a tua fé te erga Diante a opressão Virão derrotas e vitórias Apenas na hora certa Verão lendas e histórias De quem se expressa E aos que atravessam fases Deixarei bem poucas frases Algo, tal como Sua fé te salvou Colos e ombros Ou, quem falou? Deixo frases de perguntas e questões Para que tu possa escrever seus refões

(In)Convergência

O sonho vai além do que se imagina Não é só aquele desenho na sua mente Momento de meditação em morfina Que vem surgir num papel, de repente Pois tentar ser reflexivo É ser duas vezes flexível consigo Em lágrimas e sorrisos Lembrança é o estado de espírito Nossos destinos já podem até ter se cruzado E nós nem percebemos E nossas flechas já podem até ter se lançado Àquilo que nem vemos As preces do coração Sabem que o tempo não tem pressa Rogamos em fração Ficamos onde o silencio se expressa Se fosse tudo na mesma hora Que graça teria a nossa vontade e oração Tudo o que é interno, de fora Quando nossa fé é colocada em provação Poderá receber vários concelhos, até do céu Independente de qual, aceitará apenas o seu

Pra muitos

Pra muitos, dissonância Que causa ânsia e perde a importância Pra muitos, assonância A imperfeita exuberância em substância Pra muitos, levanta E na mente se repete em consonância Pra muitos, a planta Um presente de veneno ou fragrância Entre o que ouço e o que me atinge E pra muitos de fora, eu nem dou bola Entre o que é esforço e o que aflige Perdendo o seu minuto ou a sua hora Pra muitos, só poucos são...

Velas e Ventos

Seu impulso se faz fixo Força em sacrifício O pulso se faz presídio Ações em conflito Em reações e relações Sem refrões e orações O intuito se faz omisso A espera é um compromisso O minuto se faz infinito Assisto em rito meu espirito A consciência pesa antes do ato É imponente e bem clara de fato O diminuto é restrito A esfera é um distrito O tributo é submisso A prece, o imprevisto Em velas e ventos Sobem rezas daqueles que têm fé Em velas e ventos Carregadas por uma invisível maré O que te move ou te imove Se comove O que te prove ou promove É conforme

Sara

Os dias passam As horas voam E eu vomito desejos mal digeridos O dias traçam Sem horas soam E os sinos dissonantes mal dirigidos O dias farsam Senhoras façam Em seu fascínio desnarram o redigido Assim, nada foi dito E o olhar até parecia bonito Mas o que foi visto Foram sonhos sem o infinito Suas cabeças baixas em silencio diziam; Adeus...

Adonias

A mente voa E os pés se fixam no chão O ato é atoa Agir em meio a indecisão Quero ter algo concreto De meus cimentos, eu fiz minhas pontes e muros Meus portões inquietos Esperam receber, mas também continuar seguro Meu castelo está em construção E aqui dentro ainda é uma civilização de vozes Meu império está em construção Uma caça pela sobrevivência e animais ferozes E eu que queria apenas paz Me vejo em meio à tantas guerras sangrentas E eu que queria apenas paz Tenho das conquistas, uma parede de cabeças Confesso Senhor Fiz o caminho, mas eu não escolhi esse rumo Confesso Senhor Em resumo, há alguns dias que eu não durmo E como devolver-lhe aquele velho segundo? Como mudar o que eu fiz com esse mundo?