A dor que eu sinto no peito, é muscular No impulso de pensar e no ato de desatar A dor que sinto no peito é de massacrar Nas máscaras a enfeitar e depois desabar Me encontro em uma vala, o vento se cala E o Silencio fala que o Tempo nunca falha Eu observo a Lua, que não precisa ser muito Ou mais do que já é, para nos surpreender É apenas um horizonte inalcançável ao surto Que está dentro de um sonho a se render Mas horizontes não são nada além de lugares Vagos, longes, a espera de milagres sem lares Andar, caminhar, respirar e de algum modo, chegar Assim então, entender Que dentro de horizontes há tantos outros horizontes Caminhos a percorrer Nós somos insetos na floresta desse Planeta Universo Em busca de um rumo que não sabemos se é regresso Mas nós, nós seguimos O que, eu ainda nem sei E chamamos de instinto O passado que eu trilhei A dor que eu sinto no peito de meu pé, foi de algo que chutei De tão bruta força, não percebi que eu mesmo me machuquei