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Mostrando postagens de abril, 2015

Expresso de Horizonte

Peguei todas as minhas músicas antigas E vi o tanto, o quanto eu evoluí Mas de fato que senti tamanha nostalgia E lembrei de como cheguei aqui Peguei as minhas fotos antigas E bem aquelas que eu não mostraria pra ninguém Lembrei de sorrisos e de brigas Primeiras pedaladas e até o amor de certo alguém Me peguei olhando para o horizonte Só violão, sem voz Me peguei procurando alguma ponte Sem ligação, só nós Onde que quer que meu passado esteja Ele merece um brinde Mesmo que de vinho barato ou cerveja Merece o meu brinde Meus fantasmas me trazem um brilho no olhar Em lagrimas de felicidades, saudades e sonhar

Súbitos Subtraidores

Natural do homem que não soma Ter mais um coma Não compreende o mesmo idioma Perfume sem aroma Então jogue-se E julgue-se Não afogue-se Ou fuga-se Há pessoas que evoluem Dentro do bem ou até do mal E há pessoas que no nada São completamente o sem sal Falo aos súbitos subtraidores E em surtos dos sub-traidores

A Carta Suicida

Não precisa um golaço Para correr pro abraço Basta um pequeno laço Pra superar o fracasso Na mão que te ajuda a levantar Ou até num ombro amigo Escudo e espada para batalhar Enfrentar qualquer perigo Às vezes nem precisa imaginar Para desenhar É só começar, observar e deixar O lápis te guiar Ouvir as poesias que chegam junto com o vento As canções dentro de sorrisos e lamentos Sentir perfume em fotografias de outros tempos Templos que existem em cada momento A carta se enforcou no quarto E escreveu a sua mensagem num homem O horizonte se esforçou no parto Inspirou uma pintura ao quadro do homem

Frege

Repaginando Talvez mudando a cara da capa Replanejando Corta, rapa e apara, só não para Não repara na bagunça Não mexo em nada desde segunda Não repara na bagunça Que eu tenho nessa mente confusa Eu não organizo em ordem alfabética Ao que vemos ou sabemos Nem poética ou tão pouco doméstica Está uma bagunça mesmo Desculpa o som alto Ou pelas vias de fato

Quase Trinta

Dias de espera E a mente em guerra Expulso a fera No fator de quimera Dias de espera Entre a nuvem e a Terra Diante da queda Onde a coragem encerra Mas a força toma forma de Fênix No calor de uma brisa Mas a força toma forma de Fênix E ressurge das cinzas Dias de espera Reciclo de guerras internas Cidades e selvas No reator da vontade eterna Dias de espera Entre a nuvem e a Terra Perante a treva E a coragem se recupera Apesar da ansiedade Eu sei que esses dias sempre irão existir Não serão raridades Basta meditar ou mentalizar para suprimir

Quantas Vezes Blues?

Quantas vezes eu quase já, parti dessa Pra melhor ou pior, que eu nem sei Quantas vezes eu já estive cara a cara Com a morte e tive sorte, só eu sei Quantas eu coloquei as malas nas costas E disse bosta, sobre viagens Quantas eu voltei atrás e até muito mais Repeti as mesmas paisagens Mas saiba que uma coisa eu sei Que muito do que fiz, muita gente fez E isso não é desculpa, meu bem Eu não sei fazer um blues igual a você

Trajes de Tragédias

Em um grão utópico de liberdade Ascende-se uma chama Mas não é um tópico da verdade Quando sua alma sangra Faz-se um sonho Face escondida por trás de mentiras Faz-se o monstro Face maquiada de lágrimas e feridas Nós não queremos essa dor de sofrer Nem tão pouco chegar a desistir E não sabemos quando vamos morrer Mas sabemos que iremos partir Os tristes catalisadores de nossas energias Sem luz própria Fazendo da claridade, uma energia sombria Apenas a cópia Mal feita das palavras Manipulando fatos Na espreita de garras Manuseando atos Não precisamos sujar nossas mãos E sim purificarmos o nosso coração Deem a Cesar aquilo que é de Cesar Não façam o dente por dente Deem tempo ao tempo e sem pressa Toda colheita vem da semente Nem a toda liberdade é de verdade Mas só a verdade nos libertará Nem toda caridade tem autoridade Mas o altruísmo nos confundirá Não precisamos calejar nossas mãos E sim calcularmos toda

Hopscotch

Respiração automática De pulsação cromática A inspiração da prática De teorias matemáticas Desenhos na gramática Nas frases mágicas E uma seriedade sádica De cálculos e táticas Terras de imaginações Novas civilizações e fábricas Paz, guerras e facções E novas religiões sistemáticas E no céu de recreações Ou inferno de recriações

Estátuas de Sal (parte 1)

Deixe o seu deserto falar Deixe sua tormenta sangrar Deixe a desistência secar E deixe a turbulência soprar No horizonte as paisagens não desmoronam No final são só mensagens dos que se foram E depois do fim Mais um novo ciclo Portas do jardim Onde eu paro e fico

(Arr)Anjos

Algumas quedas nos fazem voltar Seguir, ressurgir Mas verdades nos fazem acordar Perseguir, Persistir Não admitimos que às vezes choramos Mas nós admitimos que às vezes oramos

É Sábado, Não Sei...

Vamos celebrar o amor Como se fosse uma segunda-feira E vamos semear a flor Dessecar a dor de alguma maneira Damos nosso jeito ou o nosso nó Aquele nosso nós de alguma esquina qualquer Danos do efeito, leito de estar só E lembrar que já é sábado e esqueci meu boné Mas eu não esqueci meus fones Ligo minhas músicas e me desligo um pouco Comprimento, esqueci o nome E eu canto talvez desafinado ou talvez rouco Não sei, mas sei que hoje esse horizonte está bonito É o que faz todos os olhares terem um imenso brilho Algumas coisas eu até observo Como o chão que piso, o cachorro e sem o teto dormindo Imagino um clipe e faço versos Ainda estou pensando qual filme passarei a tarde assistindo Não sei, mas sei que hoje esse horizonte está bonito É o que faz todos os olhares terem um imenso brilho

Nada te afeta perante a sua Veemência (Oração dos Ateus)

Que todo ópio ou placebo Nos liberte daquilo que nos infecta Que todo ódio ou veneno Se desintegre assim que se detecta A Lua aparece para ser observada E o Horizonte nasce para ser apreciado A Nuvem está lá pra ser fantasiada E a Escuridão é o que tem te assustado Orar é pedir proteção para a sua consciência Porque nada te afeta perante a sua Veemência Chorar é dar um espaço para a sua demência Porque nada te afeta perante a sua Veemência Amém

O Infinito continua sendo um dos deuses mais lindos

Já perdi poesias Dentro de um bloco de notas Já refiz teorias Um centro sem foco, só rotas Eu vi estampas de almas em estátuas E ouvi vozes dentro dos olhares Eram explosões trancadas em jaulas Fazendo roleta russa aos lugares Mas se atiravam para qualquer liberdade Fingindo que o sonho médio era verdade Assim como a ponta da faca em cheio na ferida Ou o tênis que desamarra bem no meio da corrida As cenas vem e vão, continuam sendo repetidas Como se a morte ainda estivesse mais do que viva Quais das frases deveriam ser ditas? E quais foram as palavras perdidas?

Fidúcia

Tud'o que cresce em terra seca É uma crença A evolução tem velocidade lenta De quem tenta Que nunca para De uma garra é rara E lágrimas caras A sua ferida que sara Com a água benta do suor, que eu vi Sua nota não é ré nem dó, é fé em si

João Estava Bem Louco

Saiba que para alguns o fim do mundo Chega bem antes do fim do mês E que passa mais rápido cada segundo Em rumo à ceifa, outro freguês Lavam a alma E deixam no sol para secar no varal Falam de clama Juntam poesias para salvar o sarau Igreja das sementes Ceiva pra ser mente

Até Isso

Trepadeiras escalam muros E invadem os jardins Sonhos se deitam nas redes Em histórias sem fim As criações em aparições Dias de vária inspirações Um bigode de leite No inocente sorriso E heróis de enfeite No olhar em brilho Na tela, a cela Na vela, a reza O lápis transmite da mente, o mito Na voz que cala o grito Ouve o que em silencio tenho dito E uni versos ao infinito Na crença, sua frequência Na sentença, uma emenda Até um mané tem fé Ele sabe quem é No meio gran ou ralé Ele sabe quem é Na presença, nem aposenta Na imprensa, nem aparenta

Em Rumo à Liberdade

Cantei minhas fúrias Em poesias disfarçadas dentro de um amor Ao rancor, sangrei frio Quando a minha alma não era falta de calor Apaguei, redesenhei e amassei Origamis de brutalidade jogados no lixo Rezei, sangrei e eu me recobrei Desvendei meus olhares cheios de vício Refiz uma tatuagem Que era qualquer bobagem  E hoje é só paisagem Estrada pra qualquer viagem Com muitas bagagens, deixadas em casa E nas costas, é só o peso de minhas asas