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Homem de Lata (parte 3)

Não quis ouvir mais nada
Deitei ao som de minha rádio pirata
Em versão aleatória, pirada
Em aversão ao nó que não se desata

Ao nós que tentei deixar pra trás
Só para tentar viver, dormir em paz
Mas não é desse jeito que se faz
E como fazer, se não aguento mais?

E eu até que já passei por essa circuncisão antes
A cauterização e a cicatrização, ninguém garante

E o ditado vem e diz
Antes só, do que mal acompanhado
Não interessa, eu fiz
E tenho essa face e o olhar fechado

Com o peito enjaulado
Com o coração enlatado

E o diabo vem e diz
Antes só, do que mal acompanhado
Não interessa, eu fiz
E tenho essa face e o olhar fechado

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Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!