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Eu que não gosto de andar sem rumo, saí para respirar

Por aí
Amando e sendo amado
Levando e sendo levado

Por aí
Somando e sendo multiplicado
Trombando e sendo tomado
Em tromba d'água, tornado

Por aí
Sem rumo

É tão decepcionante quando olhamos
Todo o vazio em que já pisamos
Com tudo o que acordados, nós sonhamos

Demorei muito para largar a Simetria
Desenhei poesias e teorias belas
Vivenciei minhas canções em favelas

Larguei a busca pela perfeição
E eu apenas mudei minha opinião
Aceitei todo argumento de atalho e opção
Mas só eu escolhi e fiz minha direção

Falei tanto de evolução
Que eu precisei sentar à beira da estrada
Para me satisfazer de tal ação e reação esperada

Olhei para a Lua e agradeci
Abri os braços para a Chuva e não me recolhi
Não corri, apensa senti, sem ti

Que onde quer que esteja, sei que também sentiu

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Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!