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Mostrando postagens de agosto, 2014

A história nem foi escrita ainda

Braços abertos Se equilibrando na calçada Olhares incertos Lugares, pontes e estradas Face de farsas Igual a murros em vidraça Vinho na taça Aos que merecem cachaça Protagonizar Organizar e agonizar Proporcionar Ovacionar e avançar A criança nem sabe o que vai ser quando crescer...

Unção, que nada, estou meditando pra tentar dormir...

Tenho dormido bem pouco Sonambulo andando pela casa Tenho meu extremo sufoco Por zelo, não bato a minha asa Aumento o som para ter paz Lamento se o tom te faz cada vez tão distante Aumento o dom de ser mais E lamento com o meu olhar mais aterrorizante Não sou um anjo, nem sou um demônio Não sou um santo, e talvez, seja humano

Tontos

Estamos aqui Onde as almas se encontram Onde as farpas se estranham e nos entranham Estamos aqui Onde tudo se torna confusão Onde o mundo é essa eterna sugestão, questão Estamos aqui Onde pensamos no ali...

Deixa eu me Apaixonar de Novo!

De repente me tira o ar Inteiramente me toca o olhar O seu sorriso me inquieta Me diz estar sem graça Desmorona toda minha farsa E sua conversa me liberta De platônico à sinfônico Ao me destoar em harmônico Que a minha alma, flerta Agora, que já tens um nome Por favor, vem e não some Não me cause sede ou fome Deita no meu colo e dorme Em diversos, de repente, que me tira o ar e não devolve Me leva ao seu Universo e de versos, assim, me envolve

Carta Suicida

Busco pelo amor Como o sol pela lua Como o bêbado e a garrafa Deitados na rua Busco pela ilusão Como um livro na estante Comprado cheio de pretensão Mas com o dom de ser figurante Busco pela religião Como um messias do perdão Ao ceder a sua mão Aos que tem sede pela lição Busco pela paz Como um soldado fiel Que só obedece ordens E no horizonte, não olha pro céu Busco pela estrela Como quem olha e aponta Sonha e apronta Só há uma e o resto não conta Busco pelo conhecimento Como todos que não se entendem Que no dia do luar mais belo Arrumam suas camas e se estendem Busco pela alma Como alguém que não olha pra dentro E na solidão, sem ajuda A mim mesmo, eu enfrento Busco pela sua compreensão Como uma frase curta de haikai Tento ser o mais direto possível  Porque se eu falar muito, você sai Busco por conselhos Mas sou o único que me ouve Então em frente ao espelho Game Over...

Em Voluir

Novos sonhos e novos horizontes Novas estradas e pontes Novos rumos, um adeus ao ontem Novas notícias e fontes Não é só a verdade que liberta Olhar para o lado, também te desperta E em tudo há uma descoberta A sua hora mais errada, pode ser a certa Toda sua força e fraqueza São você, onde a fúria e a paz poderão crescer Toda sua fé e sua descrença São você, onde a alma também busca renascer

Lada, Lodo

Somos todos instantes E eu achei isso muito interessante Mas somos tão distantes Bem como o barro e seu diamante Tudo o que corre na alma e na veia Toda fé que deposita em fumaças e brasas Tudo aquilo que olhar de cara feia E sobre toda liberdade, até pavão tem asas É muito rato em ninho de cobra É muito prato vivendo de sobra

Vicioso, o Ciclo

A criatura por trás da escuridão, sai Mostra a sua cara De uma leitura já em lentidão, se vai Na noite mais clara O livro começa ganhar mais páginas O esboço começa a ser preenchido e apagado O detalhe final no qual não se amaça O ser ganha sua assinatura, pronome e legado Em proporção percentual de sua alma Várias frases ao mundo, então, se cala

Paletó em Degradê

Na bomba de uma palavra só Vindo de uma rajada verbal, que acerta o nada Os berros roucos, já sem voz O que vale um tiro, não tem munição na calada Um sujo e velho paletó Mais uma noite sem ter quem te chame de - Nós E só de olhar, já dá dó O vento vem, mas não levanta o que está só o pó

Olá, tem alguém na Rua?

Disseram que pai é aquele que cria E eu não desisti de procurar De onde vem a canção ou a poesia Disseram que toda droga vicia E eu não desisti de libertar Ali onde todo alicerce se alicia  Acordei mais cedo e fiquei de vigia  Eu tive insônia ao sonhar Respirava onde a ansiedade crescia Tive uma ofegante necessidade ao que não se via Cansado sem conseguir descansar Mas com uma sabedoria, de que nem tudo se copia Enquanto se avalia, o quanto vale ,ou, valia De toda mente vazia, que nada fazia Eu cheguei na portaria com uma mercadoria Sem manias ou hipocrisias, só minhas analogias Em toda romaria, observando a anatomia E ver a Lua assim, é recuperar minhas energias

Jardim Assovios

Os olhos piscam devagar em seu vagar De versos e de diversos O sorriso a se lançar e talvez a alcançar E uni versos ao Universo Os cabelos brancos daquele que espera de novo E expulsa suas feras Rasante e arrasante, acelera nas curvas, um corvo Inverno, Primavera Cairão, todas as folhas, ao vento e lá fora Eles Verão um novo Outono... de Outrora

Sociólogo de Lua

Vítimas do destino não Frases, fractais da fração Exemplo de superação Rimas rítmicas da canção Em bases e fases Pra quem cai e pra quem dá a mão Crases e classes Portões, pontes, muros, separação E em junção, talvez união Outra nova direção Que não se muda em vão Ao sairmos do chão A mente de mais um Platão Observando os gestos e os honestos Mais um Freud sem patrão Recitando os seus versos ao universo

Ecos da Madrugada (parte 2)

Eu tentei não tocar em nada E me esbarrei em tudo Senti o vazio em cada palavra A quem parecia surdo Joguei trovões e tempestades de palavras ao vento Eu expressei todo o tormento Assim esperei chegar bonança a qualquer momento Para limpar o meu sofrimento Ainda não estou entendendo Tudo o que está acontecendo Você olha pra Lua E ela é a única a fazer um simples silencio Vocês conversam E ela é a única que aparenta ter bom senso

Minha Religião é a Música

Em guerra de cético Deus fica em segundo plano E isso é tão patético Que até parece um engando Pregam sobre o mesmo messias E falam sobre as mesmas teorias Palavras ao vento em guerra fria Fazia-se a afasia da mente vazia Rumo ao céu ou ao inferno Não importa o seu paletó ou o seu terno Entre patrões e subalternos Não importa o externo, mas sim o interno Em divisões de poéticos e proféticos Uma conversa ligeiramente longa  Há um sentimento estético, um ético E outros de sinfonias e milongas E a minha religião é a música Minha maior busca Que nenhuma neblina ofusca Em variedade unica Para expressá-la, não preciso apenas de uma musa Posso esperar que uma nave interplanetária me abduza  Posso cantar sobre a ficção, mitos e fatos, medusas Posso tirar tesouros, perolas e riquezas de águas sujas Mas melhor ainda Posso ser meus fantasmas e demônios Anjos em guerrilha Posso fazer realidade, de meus sonhos

Somítico, Não me Reles

Não venha me alugar Me homologar ou querer o meu lugar Não venha me agourar Pois agora é apenas sua hora de orar Nem toda inveja, afeta e sim é oferta Como nem toda seta, é para rota certa Nem toda conversa inversa ou versa Como nem tudo que nos resta, presta Mas nem por isso se empresta...

Tanque Cheio

Um reflexo da luz forte A sua aba em antebraço Desofusca e a destorce Redescobre seu cansaço Mas renasce Levanta com classe Mostra a face Rima em toda base Você não acredita E saia, que aqui é uma outra fita Não fujo das gírias Enquanto esse mundo ainda gira A mente até pira e eu acelero quando quero Não preciso de sua buzina Inimigo é de graça, a desgraça de todo clero Vou colocar mais gasolina Mil lutas, mil letras Mil trutas, mil tretas

Inverno às 7

A saudade se alimenta de seu peito e mente Mas é um fantasma que apenas deseja te ver perder a calma A vaidade está no ego de um espelho à frente Mas é um demônio que apenas deseja deter e ter a sua alma No frio acordar, levantar e não desistir A sua cama te chama de volta E nas ruas andar, batalhar e não existir Sua visão é aversão de revolta A sua cela é o céu cinza, em um dia tão cheio de cor Sua vela apagada, sem reza, venerando a própria dor

Jardim Plutão

Nostalgia Em filmes, em musicas e em brinquedos Contagia O peito sente a alma e refaz seu enredo Um homem Mais criança que seu próprio filho Que o socorre E o salva desse mundo sem brilho

Indolore

Sem essa de que nada se cria E tudo se copia Há sempre uma nova poesia Uma nova teoria Gosto de servir de inspiração Muitas vezes não, pois me causa agonia Gosto de soar a minha canção Menos em vão à esses olhares de ironia Pode não ser sabedoria, nem tão pouco porcaria E em analogias Não vou transformar a melancolia em mercadoria Sem categoria Vá pra rua e crie algo novo Pare de se inspirar nos outros Seja santo ou seja monstro Seja você, em seu reencontro Roube do momento e talvez de mim Enfim, eu também comecei assim Mas tenho medo que você crie o fim De estopim em festim, no jardim

Militar ou Ilimitar

Já apaguei os pensamentos que eram quase meus E acreditei ser Robin Hood de sentimentos Eu achei então que roubava a fé de todos os ateus Sem medo de Deus e sem arrependimentos Agora os pobres dos olhares Recebem suas novas visões e algum novo pilar Agora os pobres de paladares Recebem novos sabores, que possam se fartar Para a mente enriquecer E a alma alimentar Para florescer e aquecer Mesmo ao hibernar Sonhe com o futuro acreditado Prestem atenção nas arvores e nos ventos Tenha pesadelo com o passado Mas respire e viva apenas nesse momento

Canção de Um minuto e Pouco

Sou amor de quem não amei Amo quem não me ama De todas as drogas que viciei Poucas eu levei pra cama Disseram que eu fazia apostas tolas Então eu quis pagar pra ver Disseram que eu tinha poesias loucas Então não parei de escrever Há pessoas que mesmo em distancia Não me causam dor, apenas alguma indiferença Outras de tempestades e abonanças Ao lado, mais me parecem falta do que presença

Decurso

Clamar Reclamar E Declamar Amar Remar Acalmar Tempero Tempestade  E a Temperança Recreio Realidade E a Herança O Ciclo, não é ter Sorte e nem é ser Forte Em Reciclo, onde eu retiro a carta da Morte

Salvo do Soluço

Valsando ao avulso Pulsando ao impulso Jurando ser injusto Surtando pelo susto Olhos arregalados Sua mão no peito O respirar ofegado Retire-se, sujeito Aliás, salvo do soluço Aqui jaz, o meu insulto

Que Fita...

Em apenas dois minutos de conversa Não olhe o busto, mas sim os olhos, a testa De repente todo homem não presta Mas sei lá, ela nem sabe o que é um poeta O que ela lê é uma mera revista Que nada ensina Onde só ter bunda e cintura fina É que é ser artista Que fita viu Vá...

Flô

Na musicalidade recitada A fatalidade decifrada Liberdade sendo cantada E a saudade poetizada Há homens falando de suas lágrimas E de noite olhando para as estrelas no firmamento Violão e Lua, vou virando as paginas Coral de sussurros, os tormentos meus e do vento Os fantasmas são as minhas expulsões Que transformei em adeus nas canções

7:13

O jornal mais o café Em sua leitura matinal Jornada de paz e fé De literatura sem final E o mais interessante foi um cartoon Que me fez lembrar o filme, Platoom

O Sargento Sarjeta

Teve sede por muito de si, ceder, Foi sedado ao fardo de ser. E chamado de bêbado por beber, Largado de lado e sem ler. Não foi noticia, Só porque ninguém se importa. Virou poesia, Na visão de quem não suporta. Da sarjeta levanta E a mesma sede na garganta. Em vertigem, anda, Ao olhar de sua virgem santa. Então agora ele ora e chora Pede perdão à sua senhora. Dormir na sala, é melhor do que na vala, Não é aquele mesmo senhor de gala. E de sua respiração cansada, ele se cala, De cabeça baixa, ouve o que ela fala. Então deita pensa e se arrepende, Mas, será que um dia ele aprende?

(Re) Ciclo

De todos os começos Observo os mesmos ciclos Vejo os mesmos finais E cálculo os mesmos riscos Aos sonhadores natos Que se coalham aos ratos Aos jornais e aos fatos Que viram adubos, matos No que um dia já esteve em seu prato, seu rastro Fecham-se as cortinas a mais um ato de seu teatro Não se houve aplauso O infame sorriso em claustro A caminho dos astros O impulso sem pulso, o salto E de alguém, você fará parte da saudade Mas algum dia, irá voltar sem ter vontade

Após as Duas, nas Ruas

Meu vicio é o grave Ritmo de quem fala aquilo que sabe Em tiros de frases Lírico aos lírios, delírios e impasses A explosão na fé de mais uma mina Meu pensamento que ninguém assassina Mais um vinho vindo, de classe fina Não se vinga, na sina que não se ensina Desacreditar, nunca Já passei das duas Nas esquinas, na rua Observando a Lua Todos os sonhos que a mente projeta Vou listando e transformando em meta E sem pisar em cabeças Fazendo com que aconteça Pra que nunca esqueça E seus olhares, sempre erga Fiz um samba sem cavaco, só pandeiro Poesias de um coração, de um brilho verdadeiro Fiz de meu templo, danças de terreiro Acreditei mais que ninguém, fui o meu guerreiro Fui meu santo Fui meu pranto

Fiz poesia pra quem não gosta de rima

Difícil é explicar a cegueira O estresse e a esteira Num basta, pras besteiras Sem pena, só peneira O Sol e a sereia O Mar e a areia Mais um rastro de outra rasteira Um bandido e sua bandeira Peitos que pulsam pela pulseira Sem correria, sem carreira Fungos e fogueiras Capitães e capoeira Brincos de brincadeira A fartura de um fim de feira Todo cartel em carteira Mané, malandro e maneira Vejo o samba nos pés dessa morena E o peso na função de quem aguenta

Contos do Inverno

Sigo em frente Sem que o meu fantasma possa perceber Canto num quarto Luz interna, sem a minha externa ascender Entro em conflito Com aquilo que eu mais acreditei Dentro de um infinito De pensamentos que não acordei Se os jardins fossem sempre tão bonitos De primaveras Se o canto dos pássaros fosse mais livre Longe das celas Eu ouvi as arvores caírem E os animais sem direção Vi um inferno de cicatrizes Meu mundo em destruição Eu vi os seres mais noturnos Levantarem um outro muro E me dividi em dois... Se os jardins fossem sempre tão bonitos De primaveras Se o canto dos pássaros fosse mais livre Longe das celas Se os jardins não fossem esse frio do Inverno Onde me encolho, sem ternura e sem ter terno

Vulgo

Um vulgo, já é adulto Excluso Mudo ao sub viaduto Intruso Calado sem pensar no futuro E lá sem lar, vivendo do outro lado do muro Sob a luz da Lua, onde é escuro Suas noites em claro e assim, todo imundo E nós, vivemos em que mundo?

Foge a Luta

Então tu verás que o filho teu Muda de ideia quando o convém recomeçar Mas saiba que ninguém cedeu Nem parou no tempo para o tempo esperar Entre perder e desperdiçar Entre disparar e despertar

Quero uma noite perfeita

Quero compor meu dia De musicas malucas           De saudosísses minhas De nostalgia pura Quero pintar um quadro Com a mais bonita lua Quero abrir meus braços E sair pras ruas Quero fazer uma canção Pra você dançar Quero que nossa união Vá além de um bar Quero que esse copo Não venha a acabar E que os nossos corpos Possam se encontrar Quero uma noite perfeita Do brilho nos olhos e das estrelas Quero de novo, revê-la Pra mais um vinho, outra cerveja Quero menos prece E ter mais graça Quero menos testes E união nas praças Quero ver os amigos Se vendo de novo Sem conflitos antigos E o abraço do povo

Indicativo

Entre o nosso deixe ou nosso faça estar Há um feixe e uma farsa que vem me preocupar Entre o oeste e o leste ao me desnortear Há um, não entre e um, não venha me perturbar Pois eu já tenho vários sonhos malucos

Predicativo

Durmo mal e eu culpo o ódio E ao meu ódio, eu culpo o outro Durmo e sonho com o pódio E de pesadelo, me faço monstro Tento mantê-lo trancado e enjaulado De toda fúria que tenho governado Honrado, mas não de olhar inclinado Não faz sentido estar, ficar sentado Aquele soldado calado agora solta sua voz Sabe o que aconteceu e espera pelo após