Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2014

Convés

Encarando superação De toda vasta utopia e horizonte Sem usarmos a ilusão Ando sobre as águas pela ponte Fonte de cabeça nas nuvens e pés no chão Forte, em cada morte e cada reencarnação

Uísque

A voz que não sai O que tive em meus braços e nem sei quem era A solidão me trai Faz de mim, um contra ninguém e declaro guerra As portas se abrem ao adeus E justo eu, um infiel ao meu Deus Tive que encarar os olhos teus E sentir vaga ao vazio que cresceu Quem mais sofreu foi essa alma Que odeia estar em pele humana Que presa ao simples vicio, cala Que ama essa gaiola tão mundana Solos de gaita para a Lua, antes dela chegar Junto a um canário que também não sabe voar

Inespecífico

O Sol se vai Os trovões se fazem presente Escultura de paz A escuridão imponente De repente Como um fantasma atrás da porta Reluzente Ficção de que se importa Hoje eu não acordei para o dia Amanhã acordarei, tentarei Hoje fico na companhia da tinta Do que talvez, eu recitarei

3h45

Não fiz sozinho, mas eu fiz Sou responsável pelos meus atos Jogadas à frente ou ao triz De toda uma atriz, os meus fatos O olhar que busco na garota, você tem Uma dentre milhões, após mais de cem Eu sem palavras a te dizer Eu invisível sem me esconder A audição ao pulsar, bater Intactos impulsos de ter, deter Eu sem saber o que fazer ao olhar que vem Só queria entre um abraço dizer - Meu bem - Mas o que eu fiz? (Nada) Você apenas passou por mim

Cria, Atura e há Dor

O Sol vai descendo em degradê Pintando nosso horizonte mais abstrato Imperialista de ter ao nos deter Determinado, impressionista ao retrato Já de ter minado, o relato O réu, o salto e o espaço Explodem...

Casa dos Vinhos

Suas defesas Suas desavenças Suas doenças Suas destrezas Seus ataques Sues destaques Seus regates Seus desgastes Vai à Casa dos Vinhos Escolhe algum vinil Discos de seu caminho Foi abduzido, sumiu

Laja

Rodeado de ideias Acompanhado de sonhos e objetivos Explosão nas artérias Surreal nas artes, o solitário e criativo Das suas redenções, há mil Trafego aéreo de minhas informações Das visões que ninguém viu Lastra, em personagens e civilizações

Capitão Nada

A nossa busca eterna pelo amor verdadeiro Que nos faz encontrar a tantos Esse meu coração turista, sempre forasteiro Se encontra em noites de prantos O peito sente falta de ser travesseiro de alguém E o sonho sente falta de ser marinheiro do além

Há Ar (No que Falta)

Eu falei tanto de você Sem dizer se quer, o seu nome Assim, ao me esconder Te encontrei em meus acordes Sonhei e também despertei Viajei e pra casa eu retornei Meu pulso por saber Por um impulso A sorte, não é só ter Curso e percurso Estamos sempre a aprender Mas nem sempre a entender

Estagno

Parar ou avançar Em sinais sem cores? Qual é a desses olhares, Que atravessam os corredores? Ultrapassam as barreiras do silencio Me congelam de todo o seu fator, incendio 

Outono da Canção

É o solo que aprisiona observação É o arrepio que está no meio de uma sinfonia É onde está o coração da canção Olha ao lado e balança a cabeça em sincronia Em sintonia a um movimento de se maravilhar Os braços atravessam os ombros a entrelaçar Esperando refrão para em nosso coro, cantar Dividir sonhos, somar e multiplicar o acreditar Somos parte dessa poesia Somos partes dessa teoria

Equilíbrio em Monociclo (Sem o som da Chuva)

Existir, coexistir e resistir Um dia, vir a extinguir Somar, multiplicar e dividir Mas nunca a subtrair Mesmo de longe, aqui Mesmo no escuro, a refletir Mesmo calado, surgir Mesmo em silencio, reagir Há um Corvo de sangue Conselhos que na alma, faz-se e estanque Olhar que não arranque Portas de silencio que à face, destranque O som da respiração Não há mais ninguém O vento se faz canção São as vozes do além Eu tentei dormir e virei pro lado várias vezes Venho ouvindo os meus silêncios sinfônicos há meses Eu tentei dormir e virei pro lado várias vezes Venho tendo alguns desses sonhos insônicos há meses

One Love

Manchas e cicatrizes São apenas marcas do que já foi dor Todas as diretrizes O ódio e o amor, os espinhos e a flor O primeiro lugar que eu cobri de tatuagem Foi em meu peito Entra no psicológico, em mais uma viagem Medo ou respeito Tem horas que meus braços não se cruzam E que meus joelhos não se dobram Tem horas que meus olhares não se curvam Não desvio e minhas razões sobram A inveja não vai me derrotar Já que trevas, quedas e trovões eu vim a suportar A tempestade só veio temperar Minha temperança e minha esperança vão me guiar

Sobrenome Ninguém

Uma vista linda pro futuro Braço entre laços observando as estrelas Hoje não choveu, mas foi cinza E um Inverno chega aos livres em cadeia Cadente, nada mais é esperança Eles virão pedir alguns de meus conselhos Mas a fiança atrapalha a finança Nunca verão as suas crianças pelo espelho Não é nada fácil ser melhor João...

2 Minutos e 1 Café, Tchau!

Formigas em minhas veias Totalmente infecto de energias Consumido pelo impulso Explodindo as minhas teorias Parei de falar Fiz o silencio e fiz Comecei a sonhar Tive o que quis Difícil é você me ver num dia delinear Mas nem sempre estou a recitar Venho pensar, mas não falo sobre tudo Não quero deixar-te confuso Vão dizer que a Arte é pecado Que a inspiração é coisa do demônio Tu não será enterrado pelado Irá como não veio, irá sem mordomo Nós paramos aqui pra tomar um café, até mais...

Fleuma

Uns nadam contra a maré E os outros aproveitam a sua força para seguir Não é porque tenho sede Que vou beber um rio, isso, não vou conseguir Poderei me afogar...

Fieri

Já tentei ser cristão Já tive os atos budistas Já amei ser egoísta Já odiei sendo altruísta Já esbarrei em ser pessimista Já me joguei em qualquer caminho da pista Já me escalei sendo otimista Já falei que o horizonte tinha uma bela vista Utopia minha, onde eu me divertia E o perdão era aquilo que eu esquecia Máscara de um peito no ato artista Tudo transformava, misturava na tinta Até, tudo se tornar o preto e o branco Um velho de seu sertanejo, rádio cinza e banco Andava pela casa devagar, quase manco Na paz acomodada de quem hoje se acha santo Aconteça, seja feliz... Não faça o que eu fiz

Verdienst

Acho que logo eu me lembro Já que sempre me esqueço Desorganizei os pensamentos E amacei os meus lamentos Meus demônios não mais me encaram nos olhos Libras de desiquilíbrio Meus fantasmas, hoje podem descansar em paz Pesos dividido ao juízo

Curso (Pré e Per)

Nossa fúria é contra a mentira e a omissão Nosso suor é pelo nosso sonho e pelo nosso futuro Nossa catequese é essa bondade em lição Nosso enfrentar são palavras ao vento, em sussurro Pagamos caro pela ilusão Independente de quem e de qual Eles não valem uma eleição São escórias no horário eleitoral Lutar... Pra valer ou para morrer Pra vencer ou para merecer Pra prevalecer ou perecer Pra reescrever ou renascer

3 Horas de Viagem

O altruísta não se derrota Enquanto o egoísta quer o amor de volta Todos escolhemos nossas rotas Culpamos o destino em uma mera revolta Passa pela ponte enquanto chove Não molha os pés, observa, mas não se move As lágrimas não escorrem, engole Tempestades e temperança, as nuvens somem

Capítulo Amassado de Fausto e Efésio

Capotei em capítulos Vi um cego enxergar na escuridão Tatuei os teus títulos  Fiz o ego se libertar da escravidão Carrego os nomes de quem matei Entrego minha alma ao que desejei Epístola de pisão Escritos aos que não sabem ler Coluna de colisão Socos na parede pra se proteger E é nas raivas, onde eu me enfrento Trovões em trovas de meu tormento Versículo 2...  Falei a todos que não me ouviam Versículo 3... Inconsciente aos que não temiam 

Dorme Guria, Deixe-me Fazer Silencio

Que o medo não seja esse laço  A se apertar em nós Nós que conhecemos o fracasso Não estaremos a sós Tenho referencias mortas Mais vivas que os próprios vivos Tenho essas leis impostas Tão burláveis aos nossos motivos As estrelas estão lá a nos fazer imaginar Os príncipes, os guerreiros, os castelos e seus dragões Deuses e heróis a brilhar e assim cintilar Mais forte em ataque contra a defesa do rei, dos leões O som da moeda ao cair Os olhares que apontam a ajuda ou a falsa astúcia As locomotivas sem sair O abraço maior, um pesadelo, a ursa e sua pelúcia Tenta dormir guria, eu já cansei as minhas histórias Deixarei as luzes do corredor entrarem pela sua porta

Tem Horas Em Que Falamos Demais (E parece que não dissemos absolutamente nada)

Teoricamente, não me importa A mente que expande, não retorna Toma outro rumo, faz outra rota Toma outra dose e a perna entorta Normalmente não quero saber com quem Mas sim como aconteceu e assim o seu porque Raramente faço o sinal da cruz e digo amém Tento não esquecer do que está para acontecer Sobre o que não perguntei, não quero respostas Mesmo assim, te ouço, se te importa, se me suporta Minhas orações, minha cruz Minhas sessões de vasta terapia Minhas escuridões, minha luz E minhas intercessões de poesia O que me importa realmente é ter alguém para somar Pra dividir sorrisos e no frio ter um calor a se multiplicar Poderia ser mais simples Poderia ser eu aos vinte Poderia ser menos triste Poderia ser seu convite Mas cheguei ao limite de meu grafite e então não parei Peguei o lápis seguinte e desenhei e sombreei, terminei...

Parei de Ler, Fui Escrever (Daqui a pouco volto de onde parei)

Nós acostumamos a nos desacostumar Amamos os seres desalmados Saudosistas, em velharias a colecionar Buscamos o fazer, complicado Temos tudo pra fazer do modo simples Mas queremos as notas, as rotas e as voltas mais estranhas Temos tão pouco para fazermos muito Mesmo sem termos os equipamentos, escalamos montanhas Estamos munidos de palavras Aos que hoje usam seus coletes à prova de som Sendo punidos com as garras Dos que precisaram de nossas asas, nosso dom O que faz o ser quando o brilho nos olhos é a inveja ou é a fúria? Deixo lá, no vale do inseto que rasteja e tem a morte como cura!

Oceano e Bule

Quente fumaça de vapor Esfrie o necessário para continuar quente É forte o desejo, o sabor Mais açúcar por favor, na garganta ardente Café, fé e a manhã de um dia preparado para começar, ainda...

Toda a Cura Está no Pensar e Pensar e... (Talvez)

Comecei a ouvir gritos de onde não vinham Eu senti que as paredes e o chão da casa tremiam Pulmões e pernas cansados aos que sumiam Dores nos ombros e nas costas aos que precisam Eu senti alguns olhares que pareciam não estar lá Prestes, mas não pronto a explodir Embaralhei as frases e não consegui me organizar Prestes, mas não pronto pra colidir O silencio que fazia, me dizia que felizes são os que não sentem Mas se eles não sentem, como podem ser felizes? Tornou-se taxativo, mas indefinido, e, relativo aos que mentem A mentira perfura e a omissão nos causa cicatrizes? Eu busquei pelo paraíso e ainda busco Toda a cura, é a loucura desse maluco...

Não estou dormindo, mas a minha Mente não está aqui

O levantar não é o andar Como sonhar não é estar dormindo em vão Em frente não é enfrente Espero que sua paz não seja a acomodação As emoções são o viver Guerras entre o cérebro e o coração As extensões ao deter Guerras entre blasfêmias e adoração A oração dos incrédulos Os dragões dos castelos Rá... você nem tá ligado!

Cadeias do que se Alimentar

Na caçada não se pega tudo Apenas o necessário Na colheita, temos os frutos Todos os plantados Mas em nossa cadeia alimentar Nós precisamos ter carne de verdade Nem só de pão vamos desfrutar Mas também, do que na alma arde Chamamos de nosso inferno astral Aquilo que no peito, na mente e no ser, vem, invade Não nos exorcizamos de todo o mal Sondamos para sonhar, somar e sentirmos saudades É tão confusa a busca Quando ainda não se tem o que procurar De repente tudo é musica É olhar pra qualquer lugar e assim cantar

Quem Diria?

Enquanto ainda é uma ressaca Eu digo; Nunca mais! De amor, de vinho ou cachaça Um dia, a nossa paz? E enquanto ainda for de graça Enquanto ainda brindamos em taça Enquanto ainda não é desgraça Enquanto ainda não baixou fumaça Digo, um dia... Quem diria?

A Sem Crase

Já me rendeu algumas frases amaçadas  E até algumas canções proclamadas Alguns suspiros em meio a vagas risadas E hoje conseguiu se tornar um nada Não me faz nem mais tremer na base Não me rende nem algum a com crase

Mas é Assim...

Eu deixei de me apaixonar Por não mais amar qual seja o defeito Hoje apago todas as luzes Sonho em meio à escuridão do estreito Sinto-me o sujeito imperfeito O suspeito eleito e insatisfeito Sinto o efeito de ter desfeito O despeito do peito sem leito E se tiro algum proveito É nas poesias que eu tenho feito Desolação sem direito Mas é assim e faço do meu jeito

Enquadrou...

Do ódio ou do amor Que é pelo Sol ou pela chuva Arco-íris, frio e calor A nossa visão é sempre única E assim se faz a musica Sentindo sua própria cura Vão falar que é loucura Mas sem postura e pintura Infames de sua vasta tortura Sem sua busca, apenas procura Cultura, um poeta da ternura Aventura que na tinta se mistura Ele vê a Lua Os reflexos de uma noite quase escura Ele vê a Rua E coloca tudo dentro de uma moldura...

Sobre, Entenda como Quiser...

Não é o bem ou o mal que vence Mas sim, apenas a verdade Nem tudo tem o seu pra sempre Nós precisamos de lealdade Com ela ao lado Não seremos derrotados Nem sacrificados Da paz, seremos dotados Adotados, mas nunca atordoados Afobados ou meramente alucinados Entenda como quiser Venha como vier E se refaça de sua fé Na raça, sem ré E é só pra frente Sempre enfrente

Pétalas ao Vento

Eu me calei, para me ouvir De mãos na cabeça, eu tremi Olhando ao chão sem sentir Fecheis os olhos e então temi O que estou fazendo aqui, Enquanto eu te deixo partir? Todo o orgulho se cala Abro as janelas da sala Refaço as minhas malas Coloco no peito, a faixa

Nova Era do Ser

Dentre os sertões e os litorais da alma Onde há devastação de algumas naturezas Evolui a cidade interna, destrói a fauna Meu mundo espera a vinda de um cometa Para o terno reciclo De todo eterno ciclo

Leões e Luas

Minhas fúrias ficam dentro de um saco de pancadas Meus inimigos não merecem meus socos Algumas paixões eu enterro em poesias indecifradas  Nem todas as gurias merecem tal esforço Meu coração é turista de paixões e fúrias Minhas razões são futuristas de leões e luas 

Ah Senhor...

Enquanto uns de nós criam Os outros, apreciam Em lugares que apareciam Fanáticos, depreciam Ah menino, isso aí não vem de Deus... Mas me diga, o que vem, o bem? E na moral, por favor, nem vem Diga amém e busque o seu além! Me deixe em paz, me deixe zen Ah senhor, isso não são frases de um ateu... E sobre espíritos, poucos sabem usar E são muitos que apenas tentam se livrar Sobre espíritos, poucos sabem ousar Agradecer ao céu, a terra, a água e o ar Ah senhor, abra a mente à tudo que já aconteceu!

Hoje Eu Acordei Ouvindo Beatles

Tão intenso até acabar comigo Chamei pra perto Fez de meu peito, o seu abrigo Seu tiro mais certo E nem foi bala perdida Eu é que me perdi por inteiro Você fez de toda ferida Estanca, cicatriz de guerreiro Nessa batalha de procurar uma companhia Só vence quem se entrega, deixa raiar o dia

Olha...

Nossa, e essa sua marca de batom As que eu até já limpei de meus lábios Em minha alma são o Armagedom Explode a mente do que se acha sábio Bom, talvez nem se lembre qual era o som Com quem ou como eu estava Das luzes, das cores, do perfume e do tom Do botão da camisa que eu usava Pode até pedir que esse maluco se cale Por querer que tu se lembre de todas essas coisas Mas é que eu me lembro de cada detalhe De te ver partir, sem me despedir e ainda ter forças Olha, ainda espero ter esse teu olhar de volta Olha, ainda espero ver esse teu sorriso de volta

Em Frente à Televisão Desligada

Decepção É esse medo de falar o que sinto Redenção Reflito, tenho escrito e tenho dito Mas só que, em silencio Pois tem algo que me impede de te fuzilar de flores Eu sinto a brisa do vento Ouço todo consciente e todo coeficiente das dores Só eu sei como que foi cada final de meus amores E por mais que tenham se perdido todos os valores  Ainda olho pra ti como se eu fosse uma criança Te admirando em temperança Ainda que eu esteja embriagado em esperança Em meu peito há desconfiança Eu tenho esse medo, do seu olhar apenas atuar Mesmo assim, desejo o teu corpo para me tatuar  Ah...  Como preciso falar com você Ah... Eu simplesmente preciso te ver Que loucura esse ciclo de vícios Cheio de tantos inícios e reinícios

Tropear

Quem fala mais do que deve Se perde em suas contas Aquele que não sabe ser breve Se inverte ao que afronta Passou do ponto Assim, ele cozinhou demais Olhar de monstro E mais um inseto em cartaz E incertos em deserto Se acerto, é que sou esperto Encoberto, é de certo Se erro, é que não desperto

Expresso Bom Dia

As partes de mim em criação Desenhos, poesia ou canção Inconsciente falando de razão Consciente sobre a emoção O irracional instinto E o racional extinto De toda raiva que senti Foi só te ver sorrir Parar, mudar tudo aqui Nada vai me oprimir 

E mais um dia qualquer começa...

Caim e Abel, irmãos sem vinculo E Judas era um mero discípulo Independente de todo versículo Ou independente do capítulo  Inveja, ego, ganancia e ambição A cura e a doença Ódio, inveja , traição e munição Perdão e sentença Treinamos para competir E lutamos para conseguir Mas às vezes, quem está do teu lado É quem te leva para o buraco O mesmo cara que te chama de aliado É aquele que te vende barato Treinamos pra levantar algum troféu Pedimos a benção e olhamos pro céu Fico de pé Confio em minha fé sem pressa Tomo café E mais um dia qualquer começa

Consolidando Alicerces

Estamos sempre aprendendo Que nós ainda não sabemos de nada Estamos até ficando cansados Antes de começarmos uma caminhada Muitas vezes nós nos matamos para renascer Ao simples fato de morrer de vontade de viver

Aquele Sentimento que Esquenta, se Chama "Não Desistir"

Desperdiçar a sua chance Por simplesmente não estar preparado Independente do romance Que nunca está percentualmente curado Mas o que está morto, não irá te curar Não fique a esperar o que não vai cicatrizar Crie novos sonhos que tu possa realizar Novas músicas pra cantar, história pra contar Cartas na mesa, só há vencedor quando acaba Embaralha, é um baralho De toda destreza, não desistir, sempre há vaga No coração de agasalho

Sumiu...

Das chamas, a fumaça Que de inicio te impede de ver Depois a luz que ilumina E só assim, começa a aquecer Com o tempo, na escuridão As histórias param de ser contadas Com o tempo, na imensidão Mais uma estrela vem e se apaga A despedida faz parte de nosso ciclo Como todo palhaço e mágico de circo

Aprendiz, Discípulo da Vida

Pensar muito e agir várias vezes Mentalmente sem fazer nada Orar por dias e chorar por meses Raramente na chance agarrada Um homem sábio fala Todo dia, aqui dentro do peito Às vezes eu até ouço Mas com a cabeça aos ventos Posso estar sonhando Mas reconheço todos meus erros Ainda estou mudando Lutando para me tornar guerreiro

Carvalho Filho

Coragem é distância E impulso É observar e viver O futuro Já nem sei se é meu peito Ou minha mente Quem tem recebido tanta Visita ultimamente Eu falo dos robôs Ou de fantasmas Anjos e demônios Em minhas aspas Teoricamente, estou evoluindo?

Ah... Falei Bonito?

O beabá, o blábláblá e o lalaiá Fundão, função que ninguém vai parar Cicatrizar, se curar e se locurar No seu ouvido sussurros pra enfeitiçar Pra te atiçar, te levar comigo Acordar, te observar sorrindo

O Luto

Só um olhar, não socorre Mais um homem de fé, morre Todo o pensamento se comove Se foi rico ou se foi pobre Mais uma alma nobre, sobe Mas algum coração sofre Frio e arrepio, se encolhe Óculos escuro que encobre A alma se despede E a lágrima, desce...

Levanta-te e Anda

Fazem de esportes, sinônimos De pão e circo Ou pra dar força aos anônimos Seu povo rico Temos o samba no pé E a diversidade no axé Foda-se todo os manés Olho gordo pro acarajé Como uma manhã sem café Ou, no sol sem óculos ou bonés  Como uma religião sem fiéis Ou, nas composições sem papéis Amassados...

Imperativa, Hiperativa

Um adulto só se dá conta Quando algum olhar vem e te afronta Quando a criança apronta De todo brinquedo que ela desmonta A parede que ela risca Se arrisca, só para mostrar que está lá O amigo que ela belisca E pisca, corre pra alguém tentar pegar -O leão que ruge, não me amedronta O cão que late e a barata que é tonta  -Disse o guri de 7 anos...

Se Eu Não Consigo Achar a Palheta, Toco Sem, Mesmo Assim (São Longuinho é um Brincalhão)

Sempre acho no vão, próximo ao chão Mais uma poesia velha, mais uma palheta Rodou invertido, o que não era canção Achou que tinha achado a voz do capeta Se fico longe, eu só penso em você Não ligo pro que dizem na tevê O único fator ao desejo de escrever É te dizer, que eu preciso te ver

Aqui Jaz, Um Pensamento

Em sã consciência astral Em santa subconsciência Universal Insana prepotência mensal Espanta-te ao, Ceifador Temporal Disse um monge Lá, bem de longe Aqui jaz, um pensamento bonito Que não chegou a ser escrito Nem nasceu e já voltou ao infinito Esse é apenas um ciclo invisível

Para Lá, Palavras...

Eu vomitei minhas palavras embriagadas de você Olhei pra Lua, pra rua e eu voltei a beber Disse que meus discos são melhores que seus cd’s Gritei que todo sábio merece se entorpecer Minhas saudosísses   Os meus vícios dessa criança velha E as minhas tolices Oro e choro sem precisar de velas Ainda estou transformando minha cozinha numa concha acústica Aonde, apenas haverá temperos e recheios para todas as músicas Na mesma caixa postal Ao lado do bairro da Penitencia A rua sem saída e seu final Um bar de esquina, em falência Fui andar, viajei Fui chorar, trovejei

Giz e Parede

Saltam todas as cores A tela imita o horizonte da imaginação Supera os sonhadores Mostra a face da oculta transformação O som dos pássaros logo cedo As folhas que dançam na valsa do vento Vozes que despertam ao enredo Ainda podendo sentir o perfume do cabelo E nem foi canção, nem eram poesias Era apenas um quadro sem grafia Apenas o grafite de sua bela fantasia Sem palavras, a história que nascia Em cada ponto, em cada plano, em cada traço A fixação Fazia de nós, desfazia os nós, era o nosso laço A ficção Criação da criança, giz e parede Na extensão da esperança Uma dose que não mata a sede Na extinção da lembrança Me diz, como uma arte tão perfeita pode vir das mãos de alguém tão imperfeito? Ou como uma frase pode ser concluída tão profundamente estando em silencio?

Café no Ponto

Tu, que ficou um dia sem me ouvir Eu, que esperei palavras bonitas de cartas Saiba, que o resto não irá intervir E tudo o que irão falar, soará como aspas Fui dormir mais feliz e nem percebi Quando acordei e lavei o rosto Me olhei  no espelho e então sorri Teu batom na barba, seu gosto O seu olhar de canto que ainda está em minha mente Quero acordar e acreditar estar sonhando novamente 

Artesão (Ar)

Não teve fim e você imaginou vários Era apenas um diário que não tinha proprietário O capítulo de um vasto vocabulário Um escritor sem salário, uma luta sem adversário Era seu próprio chefe e seu próprio secretário Tinha mais amigos que ninguém, solitário Era seu próprio Deus e seu próprio santuário Não tinha sua data, nenhum aniversário E então tudo acabou conforme o necessário Tudo era capa, como seu simples comentário Um ciclo natural, criação e criador, operário Todo papel e lápis, da árvore e de seu ovário

Mono à Estéreo, Monastério (Claustro)

Meu Templo é o Tempo Minha Igreja é uma Livraria Minha Capela é um Sebo E minha Oração, é a Poesia Minha Catequese é escolar Minha Catedral, uma concha acústica Minha Basílica é circular Minha Abadia, tem recheio de música Meu Santuária, meu Mosteiro Meu Convento e meu Terreiro Previsão do que já aconteceu Revisão em museu Pretensão de quem prometeu E religião de ateus

Acadêmico sem Algoz

Eu parei pra respirar a contagem Por um bom tempo da viagem Veio o vento com sua a friagem E um anjo com sua linguagem Não entendi muito da abordagem Até acreditei que fosse alguma miragem Porta de luz em teor da carruagem Um jardim escondido após a passagem Vai quem tem coragem Se fazer de ser, ser imagem Receber sua vantagem Ter paz em sua engrenagem

Lágrimas Cinzas

Quando não cabe no peito, explode Vira fúria que empurra o nó pra garganta Impulsiona todo o soco para parede Todo o chute é da poeira que se levanta Um olhar já sem direção, que está perdido E a busca da razão, parece ser sem sentido Aonde ele se recolhe Todas as doses se tornam gole Ao caminho que escolhe Do ser sem controle que assole  O seu interior está vazio Todo o seu ser explodiu

Eu errei na Rima

Dar cada detalhe da arcária dentária Um castanho que brilha mais do que qualquer azul remoto Roupa de poucas cores, só primárias Se alguém disse que não combina, mande tomar no... copo Se dizem que seu cabelo é ruim, mostre o seu dedo do meio Eles acham que podem colocar moda e classe em nosso enredo Mas quem dita aqui? Ah... vão se foder!!!

Eu, Nem Sei...

Luzes acesas sem ter ninguém Barulho de conversas, programas da tarde O vazio que tem o vai e o vem Diabos sábios e o vento que apenas invade Covarde aos espíritos O ser solitário mais rico Otário de seus vícios Investigado aos críticos Deixe-os falar e passar mal Tome sua dose de açúcar e sal Nem todo sorriso, é de felicidade Como nem toda lágrima, é de saudade Nem todo peito aberto, é verdade Como nem todo pé firme, é imobilidade Há fúria na bondade e loucura em sua sanidade Há sentença em piedade e paralisação na vontade Eu, nem sei... É tudo paradoxo, paralelo Eu, nem sei... Sobre a plebe e o castelo

Arrogância Maldita

O complexo nos irrita Fala sobre tudo aquilo que ele acredita Reflete, mas não imita Porém só ouve o que a sua mente edita Não medita, Apenas se faz de indesejável visita Na escrita Grita e cita a sua confusão maldita Não excita Assim, hesita Em sonhos, não levita Mas de todo seu medo, ele não evita Coloca-se em guarita Mesmo que das escolhas, não desista Ele já sofreu Ainda não morreu Ele já perdeu Em porém, pereceu

Coração Turista

O choro de quem soluça O coro que te diz pra tomar água com açúcar O ouro a quem se assusta E o tolo que troca as pedras por suas músicas O choro sem solução O coração turista, cheio de termos e pontos de vista O coro em ascensão E outdoors de conquista pra quem não viu as pistas Quantas vezes é preciso dizer; eu te amo? Me pediram pra escrever algo racional Em algum dos momentos Mas eu faço poesia entre razão e paixão E daqui, só sai sentimento

Pedaços, Ainda Saudosistas

Há quem fez e quem desfaça Mas quem desfez, disfarça Quem foi que disse "te quero"? Quando eu disse "te espero"? Muitas vezes lutei contra mim mesmo Quando a batalha nem era aqui Muitas vezes bebi meu próprio veneno Um olhar no espelho sem sorrir Fui saudosista demais aos amores E me esqueci de como seria um começar algo novo Só quis recomeçar antigos terrores Mas a vida é essa divina comédia por onde sai o ovo Eu ri... Mas ainda carrego alguns traços saudosistas Sofri... E deixei de ser terrorista para ser um teorista Saudosas partes de fel e de mel Que ainda sangram nesse papel

Entre o Porto e o Bar

O rosto pardo Debruçado no barco Orando ao Arco Sem Ires, um sábio Só observo, enquanto parto De enfartes, um peito farto Acredito, que eu seja fraco Pra ajudar o amigo amargo Esse mar em nossos olhares Já, mais que salgado De areia, me faço de pilares Sem milagres, afagos Fagulha Entre palhas e agulhas A cura Na mistura das loucura E um abraço forte Melhor que a sorte Cara, Pro que precisar, estaremos aí Cara, Se for pra chorar, bebemos aqui

Redundante às Paredes (Já que dizem ter ouvidos)

Exatidão, é o caralho Eles vão te chamar de Otário Alucinado ou autoritário Será secretário do Contrário Fará sem breviário e de um vasto vocabulário Poderá ser, ter é até ficar solitário Mas não mude teu comentário ao adversário Tente concluir melhor, se necessário "Mas falo apenas ao que desejam seguir temários Fecundantes e não redundantes à todo santuário!" Se quiser, A paz está Onde quer Encontrar...

Senhor, muito Obrigado!

-Moço... Em que ponto desço na Estação Cultura? Não sou daqui Mas eu já ouvi falar de suas pinturas "O moço com candura E um terno de ternura... Respondeu sem postura, Com as mãos na cintura" -Menino, procuras uma aventura? De tintas e texturas, nessa selva de loucuras? Toda poesia se pondera aos pão-duros, sem molduras Aos quadros, aos quartos, às filas e às firulas Pilulas, enfarto-te de farturas, mas é ali... Após a Esquina das Amarguras Onde a ferrugem e a fé ruge, limpam-te de torturas O homem de lata sem coração e o que se dilata em expansão Teatro Mágico com pouca tinta, ainda em misturas Voltam e se revoltam como Fênix, de Gênesis de sua recriação Apocalipse de uma nova canção Ao teu ateu que atua à tua oração "O menino respondeu em seu confuso estado" -Senhor, muito Obrigado!

Margens de Silencio, Parágrafos de Afasia

Embates e provações Empates e provocações Debate de agressões Rebatem suas opressões A verdade tem mais lados do que tu imagina Como nem toda doença é curada por vacinas Mesmo refletindo, eu ainda me irrito Mesmo sorrindo, tenho o peito ferido Mesmo sentindo, não me faz sentido No mesmo abismo, caindo e subindo A onda vem e de vez em quando eu me entrego à maré O samba vem e então te mostro o malandro, não o mané A musica é minha liberdade Me faz homem e não covarde Faz-me Ser minha verdade Trajes, ver minha integridade Entregues à minh'alma Entregues à minh'alma...

Cidadão Nascimento

Na escuridão, ser luz Na confusão, a cruz No peito carregar o medo e a coragem Na alma, os laços e as viagens Aos sonhos, entregar vazios e bagagens   Aos olhares, futuros e linhagens Na vantagem, o ser menos Na imensidão, ser pequeno Pois seu local reservado tem muito espaço Ego na solidão e humildade ao abraço A sua vitória só virá após alguns fracassos Como em suas lutas, terá teu cansaço Na escuridão, não se entregue a escuridão Não faça de sua paz a acomodação E na confusão, não se entregue a confusão Faça de suas escolhas, sua direção A razão e a emoção, elas podem ser aliadas  Em oração e meditação, ao serem enfrentadas De afasia, afastar De explosão, enfestar De agonia, gorar  De empatia, empatar E então, de seus estudos respirar, inspirar e expirar Procurar a verdade e à ela, se entregar e se libertar