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Mostrando postagens de março, 2014

Quase Messias (Lata)

Uma estrela celeste Que surge lá no equador Menino do agreste Cabra da peste sem amor Ele vai atrás de seu valor E tornar-se turista Mudar o jeito de compor Seu ponto de vista Veio a se recompor No fervor dessas pessoas frias E tudo que imaginou Lembra do futuro que merecia Ou achou que queria E assim poderia vir a ter tido Mas apenas se feria Se mascarava com o sorriso E agora apenas toma algumas doses Da sua bebida mais barata No domingo, a sarjetar e na semana A se sujeitar, catar as latas Às vezes o homem da lata Nos mostra a sua sublime e submissa lição Olha para o homem de lata Então percebe que os dois não têm coração Não tem nenhum rico nessa história Mas não para pra pensar que poderia ser provisória Que se ele batalhar conseguirá  vitória E conquistará a glória se mudar toda a sua tragetória

A bala (Abala)

A bala Que abala estruturas Iguala O adubo e a sepultura A bala Em forma de palavras Separa Machuca corpo e alma A bala Perdida igual a nós Na vala Na língua dos demais A bala A que é financiada por você Em casa Acreditando não se envolver A bala Sem direção e sem escala Resvala Mais munição, não se cala A bala abala... Abala (...)

Tons e Degradês (A Carruagem)

Às vezes temos tanta pressa de seguir em frente Que não vemos a direção em que pegamos Às vezes nos parece que está tudo tão aparente Que a pequena grandeza, não enxergamos O tempo anda enquanto você ainda está paralisado Então corra, alcance e enfrente o que não foi enfrentado

Jaz, em Verdade

Sua família é bem maior do que parece O seu dia nem sempre vem e acontece Está sorrindo enquanto você envelhece E seu olhar observa tudo que apodrece Batem os sinos, tocam as trombetas Os homens focam muito nesse vago efeito borboleta Então vedam-se às atitudes violentas E quando pensam rápido, suas pernas já estão lentas A verdade vos libertará dessa vida E desfundirá a sua alma tão sofrida

A Voado

As horas passaram E não me levaram quase nada Apenas o tempo Os agoras se atrasaram Tornaram-se fobias caladas E não saem ao vento Lá fora futuram Flutuam nas belas estradas De um louco momento Nem foi de propósito A alma do negócio É essa confiança em depósito Agora me conta O que estava mesmo me contando? Ah...

Der Mond

Nossa poesia suja Em alguns acordes tortos De Terra do Nunca Que acordam os mortos Ela veio sem nome E o primeiro poeta a chamou de Lua De noite vem e some E aparece por trás da nuvens, ingenua Nua E eu em esquinas e ruas Flutua Nunca me disse: sou sua Mas És fonte de inspiração a todos poetas Porém És fonte de loucura aos falsos profetas Não gosto quando vem a nós, escura Gosto quando irradia, sorri e me cura

Não se pede pra Nascer, Como não se pede para Morrer...

Já nem somos mais Quem nós costumávamos ser E isso não é porque todos nós mudamos E sim, porque evoluímos Já não usamos mais As mesmas roupas ou cortes E por mais que as musicas sejam outras As velhas nós ouvimos Nossas velhas musicas dramáticas Essas velharias que nos trazem à juventude Saudosista em partes burocráticas Saudações gaveta empoeirada e sem saúde Parece um cemitério dessas lembranças E de vastas, a esperança Vaga a criança em sua antiga vizinhança E de nada, as confianças Saudades dos amigos foram E principalmente, dos que se foram para sempre Mas deixaram suas sementes Em minha mente, que frequentemente os sente Eu ainda raramente oro por todos vocês Mas não esqueço que um dia chegará minha vez Por mais que eu não saiba data, ano ou mês Em lentidão ou rapidez, o céu ou o inferno talvez De uma coisa, eu sei...

Laranja

Alguns anos De trancos e barrancos Alguns planos Recriando e reforçando É quase casual Tornar-se casal Em alguns cantos Recifrando Em alguns sonhos Decifrando Não tem presságio Nem tem pressa São meros estágios Que se atravessa

Sub-Reptício

Estão vivos É relativo E é primitivo O motivo É sem sentido e sensitivo Nada compassivo Compreensivo e sugestivo Um sujeito fugitivo Passo intuitivos Muitas vezes é negativo O ato opressivo Inofensivo, improdutivo É só desvio É sem aviso

Teatro das Fadas

Era uma vez Talvez, de vez em quando Uma era se fez Refez, de data, mês e ano Então as noites se calaram E a maré subiu bem rápido Seus tremores se abalaram Homens de fé sendo táticos Por fim, práticos Por recomeço, dogmáticos Por ciclo, didáticos E por sereno, democráticos

Severina e Severo

A luz que já iluminou meu dia Se fez de trevas e em grande explosão O disparo, colapso que surgia Se refez de refém em sua ressurreição Não mais, não adianta se sentir uma fênix Se você ainda está morta pra mim Não mais, não adianta dizer que está feliz Se eu já te disse, que este é o fim Esse teu sorriso em decepção, eu já o conheço É em partes seu veneno e em outras, seu enredo

O Feito e o Efeito

Uma que vida começa Outra que termina Um céu ou um inferno Que se determina Luzes de Sol e de trovão Apagão e lamparina Uma Lua para escuridão A chuva e a neblina Na rotina e na disciplina A cortina, a esquina e a sina Voo raso e ave de rapina Doutrina, morfina e campina Sem pisar em cabeças E mesmo assim estando por cima Apareça, desapareça Ou então mereça a sua autoestima Sem as lágrimas ou sem as lástimas Não se vingar, mas ter a causa legítima Sem se fingir de morto ou de vítima Não se subestima a poesia e a sua rima Eu vou para onde só eu posso me levar Não é simples meditação ou reza, é elevar

Teatro de um Infeliz

Um estado vegetativo De quem está vivo E finge que está ativo Sem ter um motivo Sem um objetivo Tem um olhar opressivo Motivo primitivo Compassivo e inofensivo Não é nada decisivo E nada compreensivo Talvez seja sugestivo Diz que é tudo intuitivo Mas está mentindo Enquanto vai sorrindo

Einstein-Rosen

Dizem que tudo se acaba Mas há uma luz que não se apaga Ao contrário, se propaga Um infinito que vem e nos esmaga As sagas, as chagas e as pragas O tudo e o nada Na defesa, no chute, na porrada Cicatriz e pomada Nosso peito dói E a mente nem sabe mais no que pensar O mito e o herói O ídolo e todo caminho possível a trilhar A sonhar, a acreditar A pensar, a enfrentar Nas visitas dos anjos Narram-se as poesias, histórias e cânticos No adeus em prantos Vagam teorias e filosofias de anos e danos Eu tenho um mundo em um universo Está dentro disso tudo, desse verso e desse inverso Sou mudo ao disperso e ao diverso Converso com minha consciência e meu controverso A verdade vos libertará De que, desse corpo impuro? Um dia você reencarnará Aonde, nesse mesmo mundo? Nós vivemos de questões Fracções, frações e ações

Heróis de Guerra

Todo aquele que tem esperança, espera, E, o que busca mudança, muda. Todo guerreiro tem presença em guerra, É o mesmo ser que em luto, luta. As dores e o que cicatriza, Não somem quando baixa poeira e neblina. Vozes que sua mente grita, Te atormentam em um dia que não termina.

Crescer, Envelhecer e Perecer

Toda a beleza que acaba, Não é a beleza rara. Eterna que não se separa, Impera e não é cara. Toda a beleza que acaba, É porque é vaga. Então nosso tempo apaga, Em pedra e água. Há interrogação em um sorriso entre parenteses E entre parentes, a sua exclamação aos presentes. Faremos laços em cada pedaço, Há muito espaço nos abraços. As rugas são traços do cansaço, Sempre faço e nunca ameaço. E em tudo que acontece, Quais são as suas preces?

Cervantes, Camelote e Muitos Outros Reinos

A lata e o lote O boato e o bote A data e o dote O chico e o chicote A pata e o pote Camarão no camarote O trato e o trote O tango e seu cangote Relíquias de um caixote La Mancha de um Dom Quixote Sai rápido e num pinote O pagão, o sacerdote e Lancelote Ah... os livros na estante Que me livram desse instante

Nódulos

Predomina o barulho E nossas preces são pelo silencio Nas voltas do mundo E em tudo que vai se escrevendo Em um tento O seu ponto perdido Recuperá-lo Poderá ser divertido É anunciar Ou renunciar Por mais que sonhe Faça de sua força, bem maior que seu desejo O impulso se esconde Na busca pelo ouro, ego ou um simples beijo As estradas não são amarelas Poderá haver escuridão nas capelas e luz nas celas E nem toda divida se parcela Nem sempre que você abrir a janela verá a donzela

Crepitus

A casa do mito Lar do que acredito Onde me ajoelho e reflito Aos escritos, ao que me foi dito A casa do que sinto E da alma se faz de recinto Onde liberto-me de meu conflito Ao meu destino, seu distrito e nosso infinto O rito O manuscrito O grito E o incógnito Entre os filhos da verdade e os filhos da mentira A Luz e a Escuridão no seu céu, no seu inferno E entre os filhos da entrega e os filhos da intriga A Cruz e a Escravidão no seu fel, no seu eterno A explosão E então, o ultimo dia O ultimo dia, o ultimo dia...

Ofuscados

Os olhares blindados Sabem de tudo aquilo que acontece Não estão vendados Mas só enxergam o que os favorece As luzes cegam Àqueles que não observam o que ela ilumina Então trafegam Acordam, comem, andam no dia que termina Ofuscados, focados e paralisados Alienados, alucinados e escravizados

Platéia (Senhoras e Senhores - O Circo)

Filhos da mentira Ou filhos da verdade Netos da intriga Netos da integridade Família de sensos Crenças e escolhas Caminhos ao vento Estouram as bolhas Histórias dos que querem voltar para casa Mesmo depois de já terem criado asas Histórias dos que se afogam em água rasa Mesmo depois de ascenderem a brasa A assimetria dos ciclos É uma simetria dos círculos Há assimetria nos cílios E assim mentiam nos circos Não somos cegos de amores Nós só não enxergamos todas as cores Não somos egos, nem horrores Nós só vivemos no sepulcro de valores Deem o pão a ralé E se der, um café, um boné Ou algo para o pé Eles se contentam com a fé

Sequazes

O aliado é aquele está lado a lado Um raro achado Nunca derrotado, nunca aniquilado Nunca, parado E por onde tenho andado Por onde eu tenha navegado Poucos tenho encontrado E muitos eu tenho enfrentado Não é tático o tratado É prático e palavreado

Artéria

Pressão baixa Impressão vaga Precisão vasta Precisando, rala Vaza, caia fora Me chame em outra hora Vá sem demora Isso não é uma metáfora Se me tira a fome Então vai, some...

Embarcação

Alguns homens são felizes por suas batalhas E poucos, por suas glórias Nem todo sangue se espalha com a navalha Está na tática a sua vitória E na prática, contra as falhas A perfeição que se talha e entalha Pela fornalha ou jogar a toalha Preço de topo, preço de medalha O suor, nem sempre é de quem vence...

Bivaque

Fazer do panorama Uma pestana Silencio de campana Manhã serrana Nos braços da praiana Caveira mexicana Luau, violão e cabana Lá se vai o drama Oração, fumaça e chama Em rodas e em portas cheias de lama E não sinto falta da cama Longe de todos, perto de minha dama Distante da fama Bem próximo de quem te ama Frio que inflama Lá fora em árvores, em ramas O cheiro da grama Ninguém que reclama O vento na grama Ninguém se proclama É a paz para a alma Onde não se pensa em mais nada É a verdadeira calma Os braços nos abraços da amada

Conchas (Acordar)

Em um dia especial A luz maior que tudo no olhar O pacto cerimonial A poesia do silencio a recitar As estrelas começaram a cair E ninguém está pedindo nada Um novo sol já começa a sair Renasce aos olhos da amada Pela fresta da janela Já pode apagar a vela Na cautela e na cela Na capela, na cidadela Há tutela À donzela

A Outra Face, Outra Fase

Àqueles que me prometeram rios E me entregaram horrores Não farei de meu terremoto e frio Os seus mares de terrores Já peguei outro rumo Nessa busca eterna pela paz Não entenda que sumo Mas assumo que quero mais E o que não me mata É aquilo que me faz bem mais forte Só que não é por isso Que eu serei exposto a outro corte

Ludwig

Mesmo em tempestade Tem hora que é melhor abandonar o barco Mas não pela facilidade E sim para testar as forças de seu lado fraco O pacto pelo marco E a flecha pelo arco

Invicto, Convicto

O sonho resolve cantar Só poucos conseguem seguir o seu ritmo Há histórias a se contar Entre as datas, os máximos e os mínimos O som do trovão assusta apenas o cão A voz do não, não me faz seguir em vão A explosão que não me mata Chega, vem e então devasta  Tudo a essa volta que arrasta Eu já fui esse homem de lata Mas hoje tenho um coração Por mais que eu use a razão

Prostrai-vos

Um sorriso estampado Na face do infeliz Que acha ter enganado O destino e o juiz Sem sonhos Entregue a um mero pedido pela sua morte Sem planos Quem sabe melhore com um cartão da sorte Um velho esperando mais um dia acabar Sem livros, quadros ou musicas para salvar A alma já foi vendida À sociedade e sua diretriz A lágrima já foi rendida Escorre e não faz cicatriz Prostrai-vos em preces de perdão Rogai em meditação, silencio e razão

Aleias

Tem sempre um cemitério Em toda Avenida da Saudade Como tem sempre um bar Em toda Avenida da Amizade Uma Praça da Bíblia e outra das Bandeiras Sete de Setembro, Avenida Brasil e a boa e velha saideira Pés descalços, grama, fogueira e ela solteira Do vento, leva rasteira, chega à beira de qualquer maneira Olá sorrisos...

Triagem

De uma só semente Temos as raízes, os troncos e os galhos Alguns cortes rentes Fortes cicatrizes e albergue de pássaros Nas estradas ou nos montes Algumas altas e outras bonsais Em janelas ou em horizontes Sempre fontes de imensa paz Mas há uma vasta floresta de devastação Tiram tudo aquilo que é nosso e chamam de nação Chamas que apagam toda e qualquer ação Anabolizam esse estado vegetativo com uma ração Suas raízes não mais se mechem Quando seus sonhos desaparecem Mas é separado o joio do trigo Não leio qualquer artigo Eu escolho o caminho que sigo Quando quero, consigo Minha semente é mais forte que minha raiz Fiz o que fiz e foda-se o triz, pois estou feliz

Narrativo (O Eu)

O corrosivo, o explosivo e o criativo Nativo, de ser nocivo e sensitivo O sugestivo, intuitivo e em objetivo Estar vivo não basta, mas ativo Impulsivo ao que é produtivo Incentivo inventivo Incompreensivo ser exclusivo Interno e primitivo Desenhos de meu labirinto Confuso, mas não em insano juízo Digo o que penso e sinto Reflito com o que desejo e preciso Respiro e então começo a históra...

Apagão (parte 2)

Houve e ouve-se a explosão, Apagam as luzes do bairro. Latidos, crianças, o coração, Vem o barulho dos carros. É de tarde e até os pássaros estão em foco, Nada de eletricidade, é só o nosso Pai Nosso.

Minhas Raízes

Em um tobogã que a gente escorregue Em qualquer planta que a gente regue E há aquela cruz que a gente carregue Ao som de Samba, Bossa ou Reggae Metal, Jazz, Rock ou Rap Soul ou qualquer Funk que se Orquestre Folk, Indie ou um Dubstep O som, é o mestre de meu Anti-Estresse

Apenas Há Pena

Eles te pedem paz de espírito Mas apenas comungam o lixo Esquecem dos tetos de vidro Então julgam os outros vícios Querem voar num insano juízo E se jogam de um precipício Se dizem providos de principio Príncipes de nosso declínio São assim desde o início E eles serão sempre isso

Eira

Um olhar azul Atrás das nuvens cinzas Céu de sorriso Nosso samba de esquina E o nosso ponteiro marca certeiro É pandeiro e é terreiro Em meio aos feiticeiros, guerreiros O primeiro, o herdeiro Some em nevoeiro Passos sorrateiros e rasteiros Se refaz por inteiro Vai do carneiro ao cordeiro Quem você segue marinheiro O céu, o mar ou esse vento?

Lorem Sapientem

Hoje se tornou mais simples meditar E me editar Hoje se tornou mais fácil ressuscitar E me recitar Hoje ouço as palavras de um sábio Ser que me fez ser bem mais calmo Sempre a me guiar E nunca a vir me magoar Sempre a me inclinar E clinicamente, acreditar Sou o chão que piso E o céu em que reflito

Reiki

Coração desiludido Ainda cambaleando com o meu peso de liberdade Envolvente sorriso Nebulosa, grades, brilhos e eu longe dessa cidade A fúria te levou embora Na loucura do que agora, é outrora Aqui jaz e não mais mora E então cai fora, se vai sem demora Meu demônios não mais me dominam

Proba

Às vezes acho que você não existe, Mas a minha mente insiste em te procurar. Talvez tu até espere o meu convite, Então não evite, resida e venha me visitar.

Meditação, Bendita Ação

Cuidado Quando mentiras se transformam em verdades Cuidado Quando as intrigas se tornam as suas saudades O orgulho nos cega em perfeição Nós nos perdemos em razão ou em emoção Deixamos nos levar pela equação Nós ganhamos em composição e em canção Faça seu ritmo e seu compasso O perdão estará nas lágrimas de um abraço Transforme os laços em traços Não se importe com a derrota nem o cansaço Poesie-se Priorize-se

Onde Dó é Nota Oficial

A manipulação é esse mal-estar Uma corrupção que está em todo o lugar Te dizem como e o porque lutar Pelo que sonhar, acreditar e até reclamar Essa desigualdade está em toda parte As notas d'um observador ficam sempre no bolso Não importa no gesto de fúria ou arte Mas há esse espetáculo ilusionista de brilho fosco Daquele que te leva algo bem na sua frente E é só bem depois, que você se torna ciente

Lontra

A mesma coisa que te faz crescer Te transforma em homem ou em monstro Entreter, perder, vencer, ou, crer Pode te fazer de fome e te fazer de sonho Aquilo que te causa encontros Também causa reencontros ou desencontros Achamos que estamos prontos Quando há confrontos, pontos e desapontos A luz no fim do túnel destruída por recaídas Pode ser uma lampada te desfocando da saída

Peculiar

Dizem que eu estou maluco Com toda essa neblina Dizem que eu sou confuso Por preferir o céu cinza Seres atordoados Querendo sempre um pouco mais Seres atormentados Fingem estar num mundo de paz A evolução de seu corpo ou sua mente É o que o define, sobrevivente A solução para o ausente é o presente É a falta que não mais se sente As coisas que me trazem felicidade Não são as suas verdades, cale-se

Quando Há Chamas

Amo o samba que a chuva faz Na valsa que ela dança na grama Eu amo o perfume que a chuva traz Nesse sono profundo de minha cama Mas quem espera sua dama Para aquecer quando a chama Chove em mim e diz que me ama Luar e brilho do olhar que me inflama

Rota Qualquer

Se quiser meu tormento Me impeça de algum empenho Se quiser o meu talento Me peça poesias ou desenhos Se quiser todo o meu amor Mostre-me seu calor Sua cor, sua dor, seu vapor Mostre-me seu valor Torne-se sabedoria de meu sabor Torne-se a música que eu compor Torpedo no guardanapo Estilo anos sessenta Um origami e artesanato E você tão desatenta Carinhos sem compromisso Caminhos dessas estradas desertas Caninos rangindo sem juízo Caminhos e entradas pras cobertas Torne-se sabedoria de meu sabor Torne-se a música que eu compor O olhar com um anúncio de me peça pra viagem E vamos dar o fora daqui Eu te levarei pra ver o mundo de outra paisagem Então venha para ser feliz

Siles

Tem dia em que estamos Exalando poesia E outros em que a gente Apenas a respira O brilho do ouro Reflete num olho O risco do soco Repele no outro O meu não Não sai em vão